Edição de supetão - regras -
Moralmente fica determinantemente proibido chamar “pãozinho” de “cacetinho” como fazem os gaúchos na web. A lei não deve ser desobedecida pelos escritores nas obras de ficção, mesmo para provar que o escritor não é um perfeito idiota. Como nas religiões a lei não tem prurido nem resíduos. As religiões devem ser seguidas à risca independentes das crenças. Quem escrever osso com “ç” deve esquecer a idéia da publicação neste espaço sideral intelectual, até para não perder tempo com a novíssima reforma ortográfica.
Pornografia fora do espaço pornográfico será voluptuosamente rechaçada. Mesmo o escritor desconhecendo se a palavra “nádega” é ou não considerada imoral pelos editores, esta não deve ser invocada, podendo o escritor ser proscrito. Entre o escritor e a lei deve haver tão perfeita concordância das regras impostas que ele terá pouco tempo de vida para ser ele mesmo.
Proíbem-se as nódoas de inveja quando um mesmo tema é tratado por outro escritor com mais lantejoulas de estilo. Os brados enciumados de plágio devem ser comprados a peso de mouro. Finalmente avisamos que na internet só há edição de supetão. Que a palavra “supetão” nada traduz de maldoso ou imoral muito embora seja feia e sem remuneração. O que contraria as regras da imprensa livre e democrática.
- É de pasmar! Como diria a querida escritora mineirinha.
Posso afirmar com a maior segurança que, pelo menos nos últimos dias, quem acredita em linha editorial desconhece figura geométrica. Não me refiro ao quadrado é claro. Sem chibatadas...