A vida que sonhamos.

Por que achamos impossível viver no mundo que sonhamos? Por que, aquele amigo, aquele amor, aquele pai protetor, aquela mãe espetacular que todos sonhamos parece sempre estarem tão longe de nossa realidade? Cadê nosso irmão companheiro de traquinagens? Onde anda aquele parceiro que ouvirá por horas as nossas lamentações sem nos criticar e sem levar adiante o que acabamos de lhe confiar? Onde está a verdade nos relacionamentos humanos? Por que exigimos algo que deve partir de nós em primeiro lugar. Se temos tanto amor dentro de nós, por que não o dividimos ao invés de primeiro querermos saber quem o merece. Se é dando que se recebe, por que não doar nossos sonhos de felicidade, por que não fazer sorrir ao invés de entristecer aqueles que nos amam a seu modo e não ao nosso modo. Por que procuramos o verdadeiro amor longe se ele está dentro de nós.

Não são os outros que suprirão as nossas necessidades, nós é que temos de nos conhecer o suficiente para sabermos o que é possível e o que não é de se realizar, a sonhos para sonharmos e outros para materializarmos se os misturarmos seremos sós em nossa busca pelo viver ideal de nossos dias na Terra. Não viveremos nenhum amor o suficiente para gastá-lo e transformá-lo no mais verdadeiro de todos os amores: o amor da verdadeira amizade, aquela que vai além do imaginário, que transforma o homem em pura energia divina. Que faz do próximo uma extensão de si mesmo como em um espelho onde a imagem que se vê reproduz a imagem que se expõe diante dele.

Se quisermos encontrar a tão sonhada felicidade ao invés de olharmos em volta, teremos que olhar primeiro para dentro. É onde toda felicidade tem o seu início.