A dor das dores

Uma dor insuportável. Diferente. Estranha. Não conheço uma pessoa que já não tenha sentido essa dor. Ninguém, realmente ninguém está imune a esse vilão dos nossos queridos pés. Como uma parte tão pequena de nosso corpo pode fazer tanta diferença? As lagrimas brotam dos olhos quando a dor enfim nos cega. Queremos andar, distrair. Tudo menos aquela dor.

Um aliado dos cantos dos móveis. Seja um armário de cozinha ou uma cama. Ele sempre vai estar lá para dar apoio. Vilões! Até hoje nunca senti uma dor tão horrível como essa! Há de se assumir também que junto a ela acompanha a burrice do ser humano. Por que levantamos sempre apressados? Ele estará lá para nos parar de qualquer forma.

Companheiro mínimo dos outros, mas que é mais forte do que todos. Na maioria das vezes é excluído. Sim, em todas as vezes talvez. Seria o preço a se pagar por tal desprezo? Ele sempre age nas horas oportunistas, deixando-se ficar para trás, buscando seu intimo amigo presente na maioria dos móveis.

Ó céus! Nada posso fazer para controlar a dor. Se fosse uma dor de estômago, apenas tomaria um remédio e estaria resolvido, mas essa dor é fria e calculista. Nos faz pensar mil vezes antes de levantar de algum lugar ou correr dentro de casa. Se tivesse boca, com certeza riria de nossos gritos de horror.

Por que temos essa pequena criatura fixa em nossos pés? Ele de fato não serve para nada, mas deve custar muito para ele ficar quieto quando se pode fazer muita coisa. Não há nada igual como bater um dedinho do pé!