PENSAR
Afinal, o que pode mover teu pensar, criatura infiel? Quando te vês diante do mundo e te comparas, se te comparas, o que concluis?
Vejamos: de onde saíste ao ponto em que chegaste, não te fizeste por ti mesma. Dependes do que herdaste de teus pais, da família em que viveste; dependes da influência do ambiente a que foste exposta, do clima, da latitude e da longitude; ainda, muito deves aos teus mestres, às facilidades em frequentar a escola e uma boa biblioteca.
No entanto, toda vez que olhas para ti, desde o momento em que tens consciência de ti mesma, julgas que tudo que és, é mérito teu. Reconhece que te enganas? Melhor. Mas isso torna os fatos piores ou melhores? Ardil interessante há na tua proposta. Não te fizeste por ti mesma...Isso significa que não tens mérito por teus acertos. Nada de orgulho, portanto.... Mas, espera lá, ó criatura! E os teus erros, tuas falhas? Veja que peso tiras de teus ombros... Nada de que envergonhar-te, porque a culpa é dos outros, e não tua!
Quando te fores deste mundo insano e cruel, deste mundo que te legou o tempo e te roubou a liberdade de ser epenas uma alma livre, de que te valerá o que pensas, se nem sabes por que pensas e a quê isso te leva? Ora, inútil criatura, não te detenhas a refletir e filosofar sobre o que não sabes, se a conclusão é parcial, limitada e passível de erro...
Pensa mais em não pensar, em viver o que há por viver, no momento em que ainda há vida em teu corpo. Se aqui chegaste sozinha e daqui te vais sozinha, por que tanta questão fazes de não estar só durante o percurso? Quanto mais depressa reconheceres que a interação não existe, que a comunicação é uma fraude, que a linguagem esconde e afasta, mais depressa poderás habitar o teu píncaro secreto, o patamar da inexistência. Porque existir é ser inexixstente numa existência, para fingir que existes em outra.
Poderias passar dias meses, anos, como já os tens passado, pensando, pensando... Em algo te adiantou?
Afinal, o que pode mover teu pensar, criatura infiel? Quando te vês diante do mundo e te comparas, se te comparas, o que concluis?
Vejamos: de onde saíste ao ponto em que chegaste, não te fizeste por ti mesma. Dependes do que herdaste de teus pais, da família em que viveste; dependes da influência do ambiente a que foste exposta, do clima, da latitude e da longitude; ainda, muito deves aos teus mestres, às facilidades em frequentar a escola e uma boa biblioteca.
No entanto, toda vez que olhas para ti, desde o momento em que tens consciência de ti mesma, julgas que tudo que és, é mérito teu. Reconhece que te enganas? Melhor. Mas isso torna os fatos piores ou melhores? Ardil interessante há na tua proposta. Não te fizeste por ti mesma...Isso significa que não tens mérito por teus acertos. Nada de orgulho, portanto.... Mas, espera lá, ó criatura! E os teus erros, tuas falhas? Veja que peso tiras de teus ombros... Nada de que envergonhar-te, porque a culpa é dos outros, e não tua!
Quando te fores deste mundo insano e cruel, deste mundo que te legou o tempo e te roubou a liberdade de ser epenas uma alma livre, de que te valerá o que pensas, se nem sabes por que pensas e a quê isso te leva? Ora, inútil criatura, não te detenhas a refletir e filosofar sobre o que não sabes, se a conclusão é parcial, limitada e passível de erro...
Pensa mais em não pensar, em viver o que há por viver, no momento em que ainda há vida em teu corpo. Se aqui chegaste sozinha e daqui te vais sozinha, por que tanta questão fazes de não estar só durante o percurso? Quanto mais depressa reconheceres que a interação não existe, que a comunicação é uma fraude, que a linguagem esconde e afasta, mais depressa poderás habitar o teu píncaro secreto, o patamar da inexistência. Porque existir é ser inexixstente numa existência, para fingir que existes em outra.
Poderias passar dias meses, anos, como já os tens passado, pensando, pensando... Em algo te adiantou?