A CRÔNICA DEFINITIVA DA DEFINIÇÃO DO AMOR

O amor é uma coisa esquisita e esquizofrênica! Um sentimento com leves tendências de loucura e que leva a vítima ligeiramente a falência emocional. Isso porque o amor extermina cruelmente todos os outros sentimentos que antes tomavam seu lugar! O ódio, a raiva, a solidão, o desamparo e até mesmo a carência são completamente esmagados pelo tal do amor. Primeiro ele se disfarça de paixão para não ser mal interpretado, e na primeira chance que tem, entra, sem nem pedir passagem, arromba a porta e a tranca com sete chaves para não ter risco de desistência ou insatisfação.

O amor funciona como um liquidificador de sentimentos! Não somente dos sentimentos agradáveis, mas também dos mais perigosos: medo, ciúme, insegurança, loucura, saudade e por aí vai.

Quando agente ama, estamos perdidos, porque graças ao egoísmo do amor, nada volta a ser o que era; amar é comprar uma passagem só de ida para um mundo dito “doce”, mas irreal.

Não, não pensem que o amor da moleza! Ele não se deixa iludir com tanto poder, mas também não deixa de iludir a todos os coitados que amam! Por isso os filósofos fazem tanta alusão do amor à fantasia, porque talvez “amor” seja sinônimo para o que é fantasioso! Será que existe mesmo esse sentimento que toma o lugar de algumas de nossas funções cerebrais, que toma conta de nossas próprias vontades, que arrepiam nossos pêlos e cansam nossos lábios de sorrir? E nesse momento me contrario e afirmo: claro que sim! Quem ama sabe o que é o amor, quem não sabe é porque jamais amou, e muitas vezes, quem não ama, é porque não sabe amar!

Que pena dos pobres mortais que convencem a si mesmo de que se amarrar emocionalmente é bobagem, e por isso ignoram vestígios do amor, preferindo viver “soltos”. Tem gente que só se satisfaz com várias paixões ou paqueras, outros com o místico poder de liberdade, e alguns até dizem se satisfazer com a libertinagem! Mas eu, ahhhh, eu...

Eu me satisfaço somente com a insanidade do amor!

Crônica dedicada a minha namorada! Que foi quem me serviu de inspiração, sem eu nem pedir autorização...