Patrícia, a Eleita

O nome, ou expressão com que te trato cada vez que falo de Ti, cada vez que escrevo a pensar em Ti.

E eu nunca fiz isto de falar da mesma pessoa duas vezes praticamente de seguida, mas…

Mandei-te a anterior crónica por mail, com algumas palavras, sem esperar que me respondesses, mas Tu fizeste isso…

Apesar de ser um mail triste, não deixou de ser iluminado pela tua enorme elegância, palavras que são pura arte, pois é isso que das muitas coisas que me levam a ter um carinho muito especial, é essa arte que sempre me fascinou mais em Ti.

Tens uma delicadeza que em termos de personalidade, defino como a mais pura e cristalina filigrana, tudo em ti é harmonia, mesmo na tristeza, arte minha linda arte, arte que não se vê, mas se sente, a mais rara e valiosa das artes.

Nunca me esquecerei que o teu projecto de animação de uma biblioteca no final do nosso curso era…Tinhas reparado num velho piano algures na tua biblioteca, um piano esquecido a um canto, e de que é que tu te lembraste? De tocar piano nessa biblioteca, de deixar os sons saírem e se misturarem com os milhões de palavras que nesse espaço estavam presas a livros.

Contaste a tua ideia e eu tive essa imagem dos sons a bailarem com as palavras, genial e brilhante, para dizer pouco, mas que não me surpreendeu vindo de Ti, antes fiquei contente por teres uma ideia à altura daquilo que via em Ti.

Tenho o azar de me arrepender de ter amado todas as mulheres que amei, mas nunca me arrependi de dizer que podias ser a mulher da minha vida, nunca me arrependerei de quase te ter amado, pois se sinto arte em mim, esse sentimento em Ti criaria arte, mais arte, arte a inundar a espuma dos dias e a torná-los belos, inquestionavelmente belos, por muito que nos queiram pintar de negro esses dias.

Arte, minha Amiga, uma palavra que poucas vezes uso, mas que em Ti é inevitável, pois és a obra-prima literária que nunca conseguirei escrever, devido à tua Imensidão Portentosa, és o Poema Perfeito que as minhas limitações literárias me impedem de gerar, és a banda sonora de uma vida, és eterna em mim, és a Eleita que faz parte do meu grupo de Imortais, e nunca deixarei de ter os braços abertos para Ti, estarei sempre Aqui, mesmo que nada digas, mesmo que passem milénios e não me contactes, nunca Te Esquecerei, para Ti terei sempre guardadas o que tenho de melhor: as minhas Palavras de pura e incondicional Fraternidade, pois como diz o grande Sepúlveda: “Na grande fraternidade dos seres Livres, nunca se está sozinho(a)”

E mesmo quando estiveres no teu inverno, quero que saibas que Aqui fará sempre Verão, Aqui haverá sempre um sorriso terno à tua espera, para que juntos possamos sorrir, para que juntos possamos ser felizes, nem que seja por um segundo, que parecerá um milénio, pois quando a felicidade é pura ela pura e simplesmente não tem tempo nem espaço, ela é o que tu és: Pura Arte.

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 02/03/2009
Código do texto: T1465697
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