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ENFIM, O ANO VAI COMEÇAR...


 
            Sem ser a Fênix, da Mitologia Grega, o ano vai surgindo das cinzas do carnaval. Não há mais o que esperar. Passou o Natal, o Ano Novo, o Carnaval, agora é hora de começar a trabalhar. O Brasil, país do futebol e do carnaval, parece ter calendário próprio, diferente. Aqui somos um povo festeiro. Ordeiro. Hospitaleiro. E muitos outros “eiros”. 

            De, festa em festa, vamos deixando para depois, as coisas sérias. E o que é sério neste país (Bridget, estou pegando emprestada a sua pergunta)? Quero acreditar que ainda há pessoas sérias. Inclusive, na vida pública, graças a Deus!

           Mas, não posso fechar os olhos e fingir que não vejo a descaso com que são tratados os velhos, e sempre atuais, problemas de meu país. 

            Muda o ano, mudam os governantes, mudam os partidos, mas eles, os problemas, ou crescem, ou mudam de nome, nunca desaparecem. Alguém vai querer me lembrar que os escravos foram abolidos, que a dívida externa já não é nossa principal preocupação, que não vivemos mais a ditadura, que a censura há muito foi abolida e a inflação está sob controle. Ok, ok, não esqueci nada disso.

            O que não esqueci, também, é que ainda há trabalho escravo no Brasil, inclusive infantil, infelizmente. Que a censura acabou, podemos dizer o que pensamos, mas pouco poder de escolha nos resta, ouvimos, assistimos, lemos e divulgamos o que este poderoso quarto poder escolhe para nós. Se a dívida externa já não assusta, há um déficit social cada dia maior, mais assustador.

            Que silenciem os surdos, que cessem os tambores e os tamborins, o ano quer nascer. Precisa de silêncio para concentrar-se e descobrir o que é mais urgente fazer, afinal, tudo, ou quase tudo, já deveria ter sido feito. Enquanto isso vamos ficar torcendo para “canoa não virar, olé, olé, olá, eu chego lá...”

            E, agora que o ano vai começar vamos torcer para que as aulas do semestre 2008.2 comecem, de verdade, para finalmente, concluirmos nosso ano letivo na UERN. Depois é esperar passar a semana santa, quando, finalmente, será dois mil e nove em nosso calendário letivo.



Ângela M Rodrigues O P Gurgel
Enviado por Ângela M Rodrigues O P Gurgel em 28/02/2009
Reeditado em 28/02/2009
Código do texto: T1462027
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