ALGUÉM DIGNO DE PENA

Dias atrás, por volta das 13 horas, dentro do ônibus seletivo com destino à Nova Almeida-Serra-ES, onde resido, pude presenciar uma das cenas mais lamentáveis que já tive o desprazer de vivenciar:

um vendedor ambulante de balas e doces, após conseguir a permissão do motorista, começou a oferecer aos passageiros os diversos doces que trazia para ganhar o seu sustento honestamente. Muitos passageiros começaram a adquirir os seus produtos como uma forma de poder ajudá-lo. De repente um homem, careca, de baixa estatura, aparentando os seus sessenta e poucos anos, começou a zombar do vendedor, atraindo para si imediatamente a antipatia de todos os presentes. Por ser uma pessoa extremamente arrogante, decidiu chamar também a atenção do motorista, dizendo que ele não poderia ter dado permissão para que aquele vendedor realizasse ali o seu trabalho de vendas entre os passageiros, perguntando ao motorista: QUEM VAI PAGAR A PASSAGEM DELE? Ao que todos os passageiros responderam de forma unânime: NÓS PAGAMOS!

Vendo que estava completamente só na empreitada de ridicularizar o pobre vendedor de doces, aquele homem digno de pena, pediu para descer imediatamente do ônibus, com toda certeza antes do destino que planejara, recebendo uma sonora vaia de todos. O motorista do ônibus inclusive aproveitou para dizer sobre aquele homem, o que estava entalado na sua garganta, mas que não pôde dizer na sua presença, arrancando uma gargalhada geral com as suas palavras sôbre o pobre infeliz e digno de pena.

Existem muitas pessoas por aí que tudo fazem para atrapalhar a vida dos outros. São pessoas dignas de pena, que não dormem felizes enquanto não constroem diariamente com os seus atos, muros de dificuldades para verem os outros se darem mal. Essas pessoas com certeza no fundo, são pessoas infelizes e solitárias, colhendo os frutos das sementes por elas plantadas. A vida através do poder Divino e da lei do retorno vai se encarregar sempre de devolver a nós, pequenos agricultores, os frutos, segundo as sementes que decidirmos plantar. A escolha é somente nossa.

Antonio Alves
Enviado por Antonio Alves em 27/02/2009
Reeditado em 27/02/2009
Código do texto: T1459882
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