Davi, o rei mulherengo
Meu neto se chama Davi, sem o "d", e acho muito bom. É um Davi bíblico. O Davi do Antigo Testamento não é David.
Desde que, na pia batismal, deram-lhe este belo nome, passei a interessar-me pela história de Davi, o rei de Israel, ou dos Judeus. Oh! O que os nosso netos não fazem!
Do Davi bíblico, até então eu só conhecia o badalado episódio que o fizera herói: com uma funda e algumas pedras de rio, ele derrotara o temido gigante Golias, atingindo o rei filisteu, mortalmente, na cabeça. Portanto, o Davi guerreiro.
Quando acompanho - já de saco cheio - a interminável briga entre árabes e judeus, ponho-me a imaginar o seguinte: se Davi voltasse à Palestina, o conflito, naquelas bandas, já estaria definitivamente resolvido. Está o ilustrado leitor lembrado de que ele unificou dois reinos - Judá e Israel - que viviam em permanente luta.
Mas esse bafafá que, diariamente, mancha de sangue a Terra Santa, é assunto para experts em guerras quentes, frias ou requentadas. Sou, reafirmo, um incondicional admirador do slogan da nação hippie: "Paz e amor!"
O rei Davi, além de guerreiro, foi um irresistível sedutor. E é sobre o Davi mulherengo que, neste início de Quaresma, me atrevo a escrever.
Não direi algo de extraordinário ou surpreendente sobre a vida profana dessa marcante figura bíblica, um protegido de Javé, pois, de sua casa, creem os cristãos, saiu Jesus de Nazaré.
Até porque, os chamados "pecados" de Davi, o femeeiro, a Bíblia não os escondeu.
Portanto, ao lado do Davi corajoso, bom de briga, belicoso, caminhava o Davi ternura, galanteador, amante da boa música. Por ele palpitavam os corações das mulheres de Israel.
Está no Velho Testamento que ele era um sujeito "louro, de olhos bonitos, e de boa aparência". Se ele não era assim, Michelângelo o fez bonito. Foi o que constatei ao me deixar fotografar junto à réplica de sua estátua, quando visitei a encantadora Florença.
Três histórias, que Juan Arias recorda no seu livro A Bíblia e seus segredos, põem em destaque a incontida sede do rei Davi pelas mancebas. Para ser didático e resumido, e me louvando no que escreveu o autor de Jesus, Esse Grande Desconhecido, trago para minha crônica três mulheres que teriam frequentado a alcova do paquerador rei de Israel.
São elas: Betsabéia, Mical e Abisag.
Betsabéia - Davi arrancou-a dos braços do seu marido, o soldado Urias, depois de vê-la tomando banho. Foi com ela pra cama. E desse "amor adultero", nasceu o futuro rei Salomão. Para tê-la com exclusividade, o rei não hesitou em mandar matar Urias.
Mical - Era filha do rei Saul, que, de repente, se tomou de uma arrasadora paixão pelo pastor Davi.Saul, que detestava Davi, não aceitou o namoro. E armou esta, para fazê-lo desistir de sua filha: exigiu-lhe "duzentos prepúcios de filisteus". Davi, corajoso, apaixonado, não pensou duas vezes: matou duzentos filisteus, cortou-lhes os prepúcios e os levou ao rei Saul. E conquistou Mical.
Abisag - Chegou-lhe às mãos, já no fim de sua vida. Um forte indicativo de que a idade avançada lhe não restringiu o apetite pelas belas jovens; nem no final do seu glorioso reinado. Jovem e comprovadamente virgem, Abisag foi escolhida "para aquecer-lhe o corpo" de 70 anos... Consta de um Livro Sagrado que "ela cuidava do rei e o servia, porém não teve relações com ele". Isso, digo eu, o teria deixado profundamente arrasado.
Estes, pois, alguns amores do rei Davi.
Creio, que outras exuberantes mulheres devam ter transitado pela sua cama, ao que tudo indica, em ininterrupta "atividade"... Pelo seu histórico, pode-se deduzir que o Davi de Israel não era de deixar para depois o amor de uma atraente mulher.
Não estou, aqui, inventando absolutamente nada. O lado romântico do rei Davi - e que o teria levado a praticar essa e outras estripulias amorosas - está registrado nos Livros de Samuel e no Primeiro Livro dos Reis.
Perdoem-me se re-contando essas peripécias do galante e conquistador Davi, horas antes de uma Quarta-feira de Cinzas, estou sendo um cristão inconveniente.
Nota - Na foto, Davi Jucá, meu neto. SSA janeiro de 2009.
Meu neto se chama Davi, sem o "d", e acho muito bom. É um Davi bíblico. O Davi do Antigo Testamento não é David.
Desde que, na pia batismal, deram-lhe este belo nome, passei a interessar-me pela história de Davi, o rei de Israel, ou dos Judeus. Oh! O que os nosso netos não fazem!
Do Davi bíblico, até então eu só conhecia o badalado episódio que o fizera herói: com uma funda e algumas pedras de rio, ele derrotara o temido gigante Golias, atingindo o rei filisteu, mortalmente, na cabeça. Portanto, o Davi guerreiro.
Quando acompanho - já de saco cheio - a interminável briga entre árabes e judeus, ponho-me a imaginar o seguinte: se Davi voltasse à Palestina, o conflito, naquelas bandas, já estaria definitivamente resolvido. Está o ilustrado leitor lembrado de que ele unificou dois reinos - Judá e Israel - que viviam em permanente luta.
Mas esse bafafá que, diariamente, mancha de sangue a Terra Santa, é assunto para experts em guerras quentes, frias ou requentadas. Sou, reafirmo, um incondicional admirador do slogan da nação hippie: "Paz e amor!"
O rei Davi, além de guerreiro, foi um irresistível sedutor. E é sobre o Davi mulherengo que, neste início de Quaresma, me atrevo a escrever.
Não direi algo de extraordinário ou surpreendente sobre a vida profana dessa marcante figura bíblica, um protegido de Javé, pois, de sua casa, creem os cristãos, saiu Jesus de Nazaré.
Até porque, os chamados "pecados" de Davi, o femeeiro, a Bíblia não os escondeu.
Portanto, ao lado do Davi corajoso, bom de briga, belicoso, caminhava o Davi ternura, galanteador, amante da boa música. Por ele palpitavam os corações das mulheres de Israel.
Está no Velho Testamento que ele era um sujeito "louro, de olhos bonitos, e de boa aparência". Se ele não era assim, Michelângelo o fez bonito. Foi o que constatei ao me deixar fotografar junto à réplica de sua estátua, quando visitei a encantadora Florença.
Três histórias, que Juan Arias recorda no seu livro A Bíblia e seus segredos, põem em destaque a incontida sede do rei Davi pelas mancebas. Para ser didático e resumido, e me louvando no que escreveu o autor de Jesus, Esse Grande Desconhecido, trago para minha crônica três mulheres que teriam frequentado a alcova do paquerador rei de Israel.
São elas: Betsabéia, Mical e Abisag.
Betsabéia - Davi arrancou-a dos braços do seu marido, o soldado Urias, depois de vê-la tomando banho. Foi com ela pra cama. E desse "amor adultero", nasceu o futuro rei Salomão. Para tê-la com exclusividade, o rei não hesitou em mandar matar Urias.
Mical - Era filha do rei Saul, que, de repente, se tomou de uma arrasadora paixão pelo pastor Davi.Saul, que detestava Davi, não aceitou o namoro. E armou esta, para fazê-lo desistir de sua filha: exigiu-lhe "duzentos prepúcios de filisteus". Davi, corajoso, apaixonado, não pensou duas vezes: matou duzentos filisteus, cortou-lhes os prepúcios e os levou ao rei Saul. E conquistou Mical.
Abisag - Chegou-lhe às mãos, já no fim de sua vida. Um forte indicativo de que a idade avançada lhe não restringiu o apetite pelas belas jovens; nem no final do seu glorioso reinado. Jovem e comprovadamente virgem, Abisag foi escolhida "para aquecer-lhe o corpo" de 70 anos... Consta de um Livro Sagrado que "ela cuidava do rei e o servia, porém não teve relações com ele". Isso, digo eu, o teria deixado profundamente arrasado.
Estes, pois, alguns amores do rei Davi.
Creio, que outras exuberantes mulheres devam ter transitado pela sua cama, ao que tudo indica, em ininterrupta "atividade"... Pelo seu histórico, pode-se deduzir que o Davi de Israel não era de deixar para depois o amor de uma atraente mulher.
Não estou, aqui, inventando absolutamente nada. O lado romântico do rei Davi - e que o teria levado a praticar essa e outras estripulias amorosas - está registrado nos Livros de Samuel e no Primeiro Livro dos Reis.
Perdoem-me se re-contando essas peripécias do galante e conquistador Davi, horas antes de uma Quarta-feira de Cinzas, estou sendo um cristão inconveniente.
Nota - Na foto, Davi Jucá, meu neto. SSA janeiro de 2009.