CRÔNICA POÉTICA DOS HERDEIROS DE GARVAIA (Modo 6)

CRÔNICA POÉTICA

DOS HERDEIROS DE GARVAIA

(Modo 6)

Cegado, “peregrino vago errante

vendo nações linguagens e costumes

céus vários qualidades diferentes”...

Arma virunque cano Troiae... pá!

Não que virasse o cano da arma... pá!

E virou a História como queria ao viraire o vira-vira

das páginas da Odisséia

e dividiu a crônica de El-Rei em aC. e dC.

Pelo Mártir do Góçgota... pá!

Viu o auto da barca do inferno do alto da barca.

Navegou do alto ao baixo Nilo sem o selo ou a alforria.

Perdeu-se no alto e no baixo meretrício do Bairro Alto.

Embebedou-se no Alto e Baixo Leblon dos goliardos turistóides.

Foi tentado 40 dias no Alto Pavão e 40 noites no Baixo Pavãozinho.

Conheceu a Cidade Alta e a Baixa do Sapateiro

E naufragou no extremo oriente da vida como quem recebe

a extrema unção,

porque era chegada a hora de pagar pedágio a São Tanáz

para escapar do barco que levava ao alto da boceta de Pandora.

Êta hora! Êta hora...

Afonso Estebanez

Afonso Estebanez
Enviado por Afonso Estebanez em 21/02/2009
Código do texto: T1450221
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