EU QUERO QUATRO DIAS DE SOSSEGO!
Eu nunca fui muito de freqüentar o Carnaval! Desde os tempos de juventude, gostava de assistir pela TV, ler as noticias nas revistas especializadas, mas me jogar em um salão de baile, feito sardinha em lata, suores se misturando, cheiro de lança perfume ou aquela multidão alucinada, correndo atrás dos trios elétricos, dos blocos carnavalescos, cantando e pulando, eu sinto fobia.
- Sufoco!
Reconheço que Carnaval é sinônimo de alegria, se bem que, nos dias atuais, está mais para arruaça e bandalheira do que a festa alegre que queiram nos passar. Exceções à parte, existem pessoas engajadas neste processo durante todo o ano, trabalhando para que o espetáculo seja realmente digno da multidão que paga para ver.
- Aplaudo!
Eu torço pelo sucesso de todos, para que haja consciência coletiva e as pessoas não se distanciem do bom senso de modo que, no final dos quatro dias de folia (ou serão cinco?), as estatísticas de acidentes com vítimas fatais não seja tão estarrecedora como sempre acontece, infelizmente! Vale a pena perder-se tantas vidas assim?
- Cuidado!
Começo a apavorar-me já na quinta-feira que antecede o Carnaval, quando assisto pela TV os imensos congestionamentos de milhões de veículos em direção às praias do litoral de São Paulo. Não consigo imaginar-me no meio deste horror.
- Arrepio-me!
O que minha mente demora em processar é porque certas medidas são tomadas por órgãos governamentais e ONGs – justamente nesta ocasião. Como as campanhas acirradas pelo uso de preservativos, incluindo a farta distribuição de camisinhas para o famigerado público carnavalesco.
Será que o pessoal só faz amor nesta ocasião, embalados pela loucura (in)consciente que entontece o mais precavido dos mortais que ali está?
- Eu pasmo!
Eu espero ficar no meu canto, curtindo a cidade , menos carros nas ruas, um bom passeio, talvez, pelos parques, pegar um cineminha, uma visita a um dos inúmeros museus, ler um bom livro dos muitos que me esperam na prateleira, passar uma tarde com uma amiga, bater um papo gostoso, tomar um cafezinho em minha padaria preferida – coisas agradáveis assim, sem muita balbúrdia.
- Tranqüilidade!
Para os que apreciam a alegria da folia carnavalesca...
- UM ÓTIMO...