UMA CADEIRA VAZIA, UMA MULHER CALADA
Uma cadeira vazia, uma mulher calada, “tentando descobrir a natureza última da realidade” , quando sabe ela que a realidade não pode ser conhecida, concebível sim, mas não cognoscível, ( influência kantista que desmistificou a metafísica? É..., pode ser) e, por conseguinte, hoje, cederá a palavra para os “velhinhos”, como costuma tratar os seus filósofos, a amiga Malu.
Assim, que primeiro fale Herbert Spencer, o filósofo que acreditava que ninguém pode ser inteiramente livre até que todos sejam livres; ninguém pode ser inteiramente digno até que todos sejam dignos; ninguém pode ser inteiramente feliz até todos sejam felizes. É de Spencer uma definição famosa de que “A vida é o ajustamento contínuo das relações internas às relações externas”. Assim, a vida para ser completa, depende dessa correspondência ser completa e a vida é perfeita quando a correspondência é perfeita. ( no fundo, razão, e instinto, mente e vida, são uma coisa só)
Espinosa, o filósofo que não se pode ler e sim estudá-lo, o que teria pra dizer? Tanta coisa... Mas veja o que ele diz sobre a paixão: Uma paixão não pode ser reprimida nem suprimida senão por uma paixão contrária e mais forte do que a paixão a reprimir. Então, a máxima popular de que um amor só é esquecido quando substituído por um outro amor, tem lá a sua razão de ser.
Filósofos... Filósofos... Não sei o que pensar sobre Descartes, Sócrates, Platão e Santo Agostinho, que acreditavam que só através da razão se chega a um conhecimento seguro e que não devemos confiar no que lemos em livros antigos e não podemos confiar sequer nos que os nossos sentidos nos dizem.
Pensando bem, pelo meu modo de ser, vou criar a minha própria filosofia de vida, que consiste em: Le matin je fais des projets et le soir je fais de sottises (De manhã tomo boas resoluções e de noite faço tolices) E ai , como sei que são tolices, volto a tomar novas resoluções, e assim será, não querendo eu, contudo, que as minhas “sottises” se tornem uma “lei universal”, coisa minha, só minha.