Um BOM motivo para CONTEMPLAR O SILÊNCIO
"Quantas chances desperdicei
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo o mundo
Que eu não precisava
Provar nada pra ninguém."
Amigos reunidos, falando sobre aquele amigo ausente:
_ Pois é, ele mudou tanto, não é mesmo?
_ Sempre podia estar com a gente, mas agora já não tem tempo pra nada.
_ Está encantado com ela, afinal é novidade,
_ Está perdendo a sua essência.
As pessoas parecem estar cegas, pior, parecem ser cegas.
Todos mudam o tempo todo, mas reunidas as pessoas parecem donas da verdade e imutáveis quando olham para o outro.
Muitos juízes e justiceiros surgem a cada instante, uns a mesa de bar, outros no café da tarde e ainda há os que despontam em meio a balada, sempre nas ocasiões onde um ser não veio, pela segunda ou terceira vez a um encontro da turma.
Temos uma assustadora facilidade de apontar o certo e o errado.
Existe certo e errado?
Nas nossas mentes mesquinhas, pequenas e limitadas de expansão?
Sim, existe.
Faltando muito a faculdade: _ É o namorado novo, mas o pior é que uma hora isso acaba.
Deixou à terapia: _ Está fugindo dos próprio medos.
Faltou à reunião de família: _ Lá vai ela se perder de novo com essas amizades.
Saindo toda semana para a balada: _ Se sente uma adolescente, esquece das obrigações.
SENHOR.
Me assusta meu próprio poder de destruição da alegria do outro, me assusta minha capacidade de distorcer os fatos. Tenho medo dessa necessidade de falar do outro, de comentar do outro, de apontar, de julgar, de falar, falar, falar DO OUTRO. O discurso de que essas pessoas são parte de mim, essa história me afeta de alguma forma, simplesmente é ridículo.
Mesmo tendo dois ouvidos, dois olhos e apenas uma boca, não percebemos o óbvio. Afinal nesta proporção, nem tudo que vemos e ouvimos deve ser dito, devemos falar menos, ver e ouvir mais.