Homens que matam por prazer

Já não é mais novidade, todo dia aparece nos noticiários alguém que foi morto, estupidamente por balas perdidas. Hoje por exemplo, vi na televisão que uma jovem, no Rio de Janeiro, dentro de um barracão de uma conhecida escola de samba, morreu com um tiro na cabeça, vitima de mais uma bala perdida. A pergunta que ganha repercussão na mídia e na população é: Até quando isso vai continuar? Por que morrem tantas pessoas inocentes? E como parar a audácia e resistência dos bandidos?

Partindo do ponto, onde o homem é um exímio matador, na Era Primitiva, os homens tinham que matar para sua sobrevivência, mais adiante a morte acontecia nas guerras, nos confrontos por conquistas de terras e poder; havia morte como punição, no Império Romano; Na Idade Média as lutas sanguinárias nos esportes medievais, as mortes nos ritos religiosos e a morte por obediência aos reis e ao clero; a partir do Renascimento a morte surgia pela religião, por amor, pela evasão, por causas sociais, pelo fanatismo... E hoje, na Idade Contemporânea, matar, morrer representa o quê?

Talvez seja pelo prazer de matar, ou quem sabe, por não ter em que pensar e em nada crer ou, pela futilidade que a vida passou a ter para o ser humano?

Acho que nós contemporâneos, passamos a viver condensados a esse tipo de barbárie, estamos habituados com a morte a nos rondar veemente, condenados em tê-la em nosso cotidiano.

Amanhã haverá outras mortes tal qual esta, ou até mesmo com maior impacto. Digo a qualquer momento ou em qualquer lugar haverá um “demônio”, para tirar a vida de alguém inocente. As pessoas, mais uma vez irão indignar-se, a mídia fantasiar-se, famílias a chorar e as autoridades inerte, sem controle a recuar-se feito gatos, fugindo dos lobos selvagens que uivam, matam e alimentam seus egos pútridos e insaciáveis prazeres.

Voltando ao acidente do Rio de Janeiro, afirmo em dizer que, casos como esses estão acontecendo com maior freqüência, não só no Rio, mas em todas as grandes cidades brasileiras, seja na periferia ou nos bairros chiques... Estão acontecendo, sem precedente, sem controle e sem lei.

Espero que não sejamos alvos dessa irracionalidade e que, como cidadãos trabalhadores e pagadores de impostos “incontáveis”, tomemos atitudes para que não sejamos mais uma vítima na estatística das manchetes da imprensa.

Há um ditado que diz “O povo unido jamais será vencido!” Gosto deste: “Feliz é a nação, cujo Deus é o Senhor!”.

Por fim, permaneço com as três perguntas do primeiro parágrafo. Quem souber e quiser respondê-las, deixo-os a vontade.

Sérgio Russolini
Enviado por Sérgio Russolini em 17/02/2009
Reeditado em 31/08/2022
Código do texto: T1444080
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