Xenofobia
Diante de tantos indivíduos reclamando por ser deportado do país X, ou do Y , ou ainda repelido pelos jornais Suíços, como ocorreu por estes dias, diante de um fato inusitado de uma Brasileira que disse ter sido atacada por Neo-Nazistas. Pode ser verdade, ou não, como tudo tem dois lados. Mas ela deveras mentiu sobre sua gravidez, só isso, já é um pressuposto gigantesco par que as demais afirmações sejam balela. Uma vez que queira respeito e credibilidade precisa fazer por merecer.
Sei também, que é evasivo demais fazer um julgamento a distancia, baseado apenas nos fatos retratados de forma parcial de ambos os lados. O Brasil notório por seus arroubos judiciais acaba não sendo parâmetro para assuntos deste tipo. Ora, num país que fez fama lá fora pelo “jeitinho”, perde todas as credenciais para exigir uma reparação pública de um país que é exemplo cordato para o mundo, mesmo sendo verdade o que afirma a cidadã tupiniquim.
Por outro lado, se verdade for o que afirmam os Suíços, que a brasileira acometeu-se se tortura espontaneamente, já é caso para tentarem ressuscitarem o Freud. Acostumados que estamos as frouxidões de nossas regras, onde para tudo tem um “jeitinho”, uma manobra, um escândalo abafado, ou se espanta com a eficiência de outros países, ou tenta burlá-los.
No Brasil, outro dia, observava uma rua da cidade, dez metros à frente de uma placa de proibido estacionar, um veiculo estacionado. O guarda municipal de transito passou mais de vinte minutos apitando diante do veiculo para que o dono o removesse. Se for proibido estacionar, multa e guincho, sem desculpa, um minuto basta para atrapalhar o fluxo, uma vez que é proibido estacionar ali por algum motivo.
Na Suíça, um casal de amigos a passeio, falava em francês com um nativo, que lhes fornecera carona, depois de algum papo, identificados serem Brasileiros, foram abandonados à própria sorte numa autoestrada, tendo que se explicar para a policia das rodovias de lá. Ou seja, ser Brasileiro lá fora é um perigo.
Num aeroporto do país do Pau-Brasil, um casal de Alemães troca de roupa tranquilamente no saguão. Anos antes, a banda Americana The Queens of the stone Age, subiu ao palco do Rock In Rio, todos nus. Em ambos os casos foram detidos por atentado violento ao pudor. Mas como? Com que direito?
A imagem do Brasil lá fora é de um “puteiro” a céu aberto. Infelizmente para as pessoas cordatas e pudicas que habitam este país lacaio. E não adianta tentar salvar o leite derramado, querem ser Europeus na força, mas vivem como os índios, que aliás, apesar da nudez, eram mais recatados que muitos amontoados de roupas, mas enfim. As roupas que as pessoas usam nas ruas são dignas de praia, e as das praias, nem se comenta. Afirmam que no país há um calor imensurável, então fiquemos pelados de uma vez, já que governos e igrejas nos despem todos os dias.
Cada vez que chega um estrangeiro graúdo no Brasil, é recebido por mulatas seminuas, pulando e sambando, festa & futebol, não necessariamente nesta ordem, o tempo todo, pessoas que não reclamam de ficar uma semana insone pulando que nem sapo atrás de um caminhão com uma batida de lata em cima, que há muitos anos não muda o ritmo, ainda pagam dois ou três salários mínimos para fazer essa lambança, e ainda reclamam de trabalhar muito, absurdas 40 horas por semana.
Outros ainda reclamam, e batem pé contra a teoria evolucionista, que afirma vir o homem de uma mutação primata, olhem à sua volta e confirmem, ainda há humanos que permanecem primatas. E como tal, seremos tratados nos outros países se continuarmos com a soberba de achar “jeitinho” para quebrar regras. Ou mudamos nossa imagem, ou continuaremos sem imagem alguma.