AMOR/DESAMOR

Andei lendo uma análise sobre AMOR/DESAMOR, escrita por Xavier Serrano Hortelano, onde o amor é visto como um conceito abstrato, subjetivo , que pode ser vivido em determinados momentos da vida, e como essa capacidade de amor que existe em cada ser humano se desenvolve. E quando descobrimos que estamos envolvidos nesse processo? Pelo desejo que toma conta de nós, e pelo impulso de atração que sentimos por alguém. Só que é um processo energético que ninguém pode explicar. Assegura o autor, que o amor possui dois momentos: o momento de apaixonar-se, que é o espaço em que a consciência perde os referentes, entrando um pouco na loucura, por ser um espaço atemporal, próprio; o outro momento, que implica compromisso ao reconhecer a pessoa a qual apaixonou-se, como alguém para compartilhar a realidade com um projeto emocional, racional e sexual. Agora digo eu: quem de nós, de alguma forma, não conhece a experiência do amor, da paixão e do desamor... e que sentimos as conseqüências, para as quais não existe explicação.

E já que falei, também, em DESAMOR, este será explicado através dos versos que se seguem, cuja autoria desconheço, mas que gostaria de tê-los escrito:

POEMA DO DESAMOR

Não são os teus olhos que os meus procuram

É a tua alma, a tua essência nua e crua

Não são os teus lábios que os meus procuram

São as palavras que gostaria de te ouvir dizer,

em cada beijo

Não são as tuas mãos que as minhas procuram

É o carinho que imagino dares-me cada vez que me tocas

Não é o teu sexo que o meu procura

É o prazer de te ver ter prazer

És tu que procuro sempre que busco

Mas não tens sido o que procuro

Os teus lábios selam-se

quando queres dizer-me que gostas de mim

Utilizas as mãos para tapar os olhos

e clamas ao teu sexo para não pedir o meu

Diz-me porque tens medo de viver...

Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 17/02/2009
Reeditado em 17/02/2009
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