Violência na Ilha de Itaparica
Os jornais soteropolitanos noticiam, diariamente, várias matérias sobre assaltos a comerciantes, roubos a turistas, latrocínios, arrombamentos e outros crimes. Estes acontecimentos, porém, não indignam, não surpreendem, não geram tomadas de atitude no sentido de combater, seja através de repressão, seja através de ações preventivas.
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No último final de semana, porém, a polêmica se instalou na mídia local, não por causa dos corriqueiros roubos, assaltos, assassinatos. A irresignação se deu porque, desta vez, o alvo foi um próspero empresário paranaense, do ramo de aluguel de barcos de luxo. O alvoroço dos meios de comunicação alardeou reações, explicações, posicionamentos até mesmo do governo do estado.
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As respostas das instituições, porém, foram todas no sentido de tentar explicar o acontecido, sem, contudo, propor soluções permanentes para a falta de segurança na Ilha. A Capitania dos Portos informou ao Jornal da Manhã que sua atuação é voltada à segurança física das embarcações, no que tange ao estado de conservação, equipamentos obrigatórios etc; a Polícia Militar declarou, ao mesmo noticioso, que não dispõe de barcos e homens suficientes para patrulhar a costa da Ilha; outras declarações de outros órgãos são todas no mesmo sentido, cada qual demonstrado que fez tudo o que estava ao seu alcance. A Marina da Ilha se manifestou no sentido de que a vigilância ali realizada não alcançaria o local escolhido pela vítima para ancorar seu barco que estava fora, portanto, dos limites e das obrigações da marina.
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O Estado demitiu o delegado de polícia da cidade e logo outro foi nomeado, para ‘salvar’ a situação. Porém, suas declarações ao jornal A TARDE, geraram polêmicas. Segundo Magalhães, que prometeu botar ordem em Itaparica, mulher não poderia chefiar delegacias comuns, trabalho que, segundo ele, só pode ser desempenhado por homens. Ora, ora. O foco da questão agora já é outro. Não menos importante, pois se trata de uma atitude discriminatória vinda de quem, justamente, deveria agir ao contrário. Ou seja, para ocupar um cargo tão importante, deveria ser exigido do titular não somente ter um mínimo de conhecimentos formais e, além, que ele ou ela fosse um (a) defensor (a) dos Direitos Humanos.
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Pelo que me consta, não é o sexo da pessoa que define a capacidade para exercer esta ou aquela função pública e sim sua competência. Zero para este delegado, que deveria voltar aos bancos da faculdade, ou iniciar um curso superior. Zero para a segurança pública, que tem falhado tanto nas ações repressoras quanto nas ações preventivas. Zero para o sistema carcerário. Zero para nossa Justiça. Zero para o Legislativo. Zero para o Executivo.
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Violência se combate com melhor distribuição de renda, com transporte, com educação de qualidade, com serviço de saúde funcionando a contento, com geração de emprego, com opções de lazer, com esporte, com arte e com cultura. Enquanto as entidades e órgãos governamentais e não-governamentais não agirem como devem, protegendo o cidadão, seja ele empresário ou uma pessoa comum, o problema da violência não vai parar de crescer e aterrorizar a todos e a todas.
Os jornais soteropolitanos noticiam, diariamente, várias matérias sobre assaltos a comerciantes, roubos a turistas, latrocínios, arrombamentos e outros crimes. Estes acontecimentos, porém, não indignam, não surpreendem, não geram tomadas de atitude no sentido de combater, seja através de repressão, seja através de ações preventivas.
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No último final de semana, porém, a polêmica se instalou na mídia local, não por causa dos corriqueiros roubos, assaltos, assassinatos. A irresignação se deu porque, desta vez, o alvo foi um próspero empresário paranaense, do ramo de aluguel de barcos de luxo. O alvoroço dos meios de comunicação alardeou reações, explicações, posicionamentos até mesmo do governo do estado.
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As respostas das instituições, porém, foram todas no sentido de tentar explicar o acontecido, sem, contudo, propor soluções permanentes para a falta de segurança na Ilha. A Capitania dos Portos informou ao Jornal da Manhã que sua atuação é voltada à segurança física das embarcações, no que tange ao estado de conservação, equipamentos obrigatórios etc; a Polícia Militar declarou, ao mesmo noticioso, que não dispõe de barcos e homens suficientes para patrulhar a costa da Ilha; outras declarações de outros órgãos são todas no mesmo sentido, cada qual demonstrado que fez tudo o que estava ao seu alcance. A Marina da Ilha se manifestou no sentido de que a vigilância ali realizada não alcançaria o local escolhido pela vítima para ancorar seu barco que estava fora, portanto, dos limites e das obrigações da marina.
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O Estado demitiu o delegado de polícia da cidade e logo outro foi nomeado, para ‘salvar’ a situação. Porém, suas declarações ao jornal A TARDE, geraram polêmicas. Segundo Magalhães, que prometeu botar ordem em Itaparica, mulher não poderia chefiar delegacias comuns, trabalho que, segundo ele, só pode ser desempenhado por homens. Ora, ora. O foco da questão agora já é outro. Não menos importante, pois se trata de uma atitude discriminatória vinda de quem, justamente, deveria agir ao contrário. Ou seja, para ocupar um cargo tão importante, deveria ser exigido do titular não somente ter um mínimo de conhecimentos formais e, além, que ele ou ela fosse um (a) defensor (a) dos Direitos Humanos.
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Pelo que me consta, não é o sexo da pessoa que define a capacidade para exercer esta ou aquela função pública e sim sua competência. Zero para este delegado, que deveria voltar aos bancos da faculdade, ou iniciar um curso superior. Zero para a segurança pública, que tem falhado tanto nas ações repressoras quanto nas ações preventivas. Zero para o sistema carcerário. Zero para nossa Justiça. Zero para o Legislativo. Zero para o Executivo.
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Violência se combate com melhor distribuição de renda, com transporte, com educação de qualidade, com serviço de saúde funcionando a contento, com geração de emprego, com opções de lazer, com esporte, com arte e com cultura. Enquanto as entidades e órgãos governamentais e não-governamentais não agirem como devem, protegendo o cidadão, seja ele empresário ou uma pessoa comum, o problema da violência não vai parar de crescer e aterrorizar a todos e a todas.