12/03/08 (sinusite e salvação)
Ah, maldita dor bastarda que me devora espalhando o mal pelo meu corpo fraco, tu se aproveita que estou sem defesas já que essa salivação está absurda, estou mais que febril e nem sinto o gosto de nada, só o rasgo e a dormência na garganta e pra piorar, olho no espelho e vejo desabar um rio onde meus olhos quase afogados, estão acinzentados, totalmente desbotados sem o tal verde acastanhado diário. Mas é disso que se faz vida, a dor serve como navalha pro coração ou simplesmente essa tosse que já faz o trabalho sujo todo sozinha. Ah, quem diria não é? Ainda assim, há quem me arranque um sorriso dessa mistura desprezível de expressões graças a essas dores e a carnificina de uma bezetacil. “Esqueço tudo te olhando sorrir” esqueço da dor, esqueço do medo, esqueço do receio. Obrigado.