Coliseus - século XX - XXI - Era dos Extremos

Nos anos 70 a.C.,, O anfiteatro Flávio “Coliseu” foi construído pelo imperador Vespasianus por prisioneiro de guerra, sem grandes despesas para o império romano, e concluído em 82 a. C. por Domiciano. No século III foi-lhe acrescentado mais um andar.

Roma possuía já anfiteatros antes de o Coliseu ser erigido, porém, depois do grande incêndio de 64 a.C, era necessário um novo. Vespasianus ordenou então a construção de um edifício grande e permanente que ostentasse o nome de família, e fosse maior e melhor que qualquer outro.

Há pouco tempo, descobriram uma rede de dutos inundados por baixo da arena do Coliseu. Acredita-se que ele foi construído onde, outrora, foi o lago do Palácio Dourado de Nero; O imperador Vespasianus escolheu o local da construção para que o mal causado por Nero fosse esquecido, surgindo em sua localidade magnífica construção para o divertimento dos cidadãos.

Desde o século VIII, o Anfiteatro Flaviano tem sido conhecido como Coliseu, título que recorda a colossal estátua de Nero que outrora se localizava perto do anfiteatro. Em vez demoli-la, Vespasianus rebatizou-a com o nome de Apolo...

Os jogos inaugurais do Coliseu tiveram lugar, ano 80, sob o mandato de Tito, para celebrar a finalização da construção. Foi um ano trágico para os romanos; a erupção do Monte Vesúvio, incêndio em Roma, e o surto de peste.

Tito inaugurou o edifício com jogos pródigos que duraram mais de cem dias, talvez para tentar apaziguar o público romano e os deuses. Nesses jogos de cem dias terão ocorrido combates de gladiadores, venationes (lutas de animais), execuções, batalhas navais, caçadas e outros divertimentos numa escala sem precedentes a um público ávido de sangue, ocupando das arquibancadas particulares. Várias centenas de gladiadores e milhares de animais foram mortas nos 100 dias de festivais de banhos de sangue que marcaram a inauguração. A sua única preocupação era o grito lançado ao poder público:

- «Panem et circenses» (pão e circo). Á medida que o império crescia, espetáculos sangrentos tornaram-se mais extensos.

O anfiteatro tinha um labirinto de celas e túneis para os gladiadores e animais. Havia portas falsas onde podiam sair animais ferozes, com rampas e manivelas proporcionando terríveis efeitos visuais.

Animais exóticos de todo o mundo eram exibidos, observados e depois abatidos.

Os grandes felinos como leões, leopardos, panteras, animais como rinocerontes, hipopótamos, elefantes, girafas, crocodilos e avestruzes eram também utilizados.

As caçadas, como as representações de batalhas famosas, eram efetuadas em elaborados cenários onde constavam árvores e edifícios amovíveis. Estas últimas eram por vezes representadas numa escala gigantesca; Trajano celebrou a sua vitória em Dácia no ano 107 - com concursos envolvendo onze mil animais, e dez mil gladiadores no decorrer de 123 dias. Espetáculos de selvageria entre gladiadores, como gladiadores e os animais.

Lões e tigres tornaram-se mais amplo na fase dos sacrifícios de indefesos cristãos, trucidados e devorados por apavorantes feras famelicamente mantidas para que o espetáculo da chacina tivesse o mais excitante terror!

Os gladiadores iam às batalhas armados de punhais, espadas, redes e uma forca. Eles brigavam até a morte. . Se ficasse ferido, arremessava seu escudo e levantava seu dedo índice esquerdo.

A multidão, junto com o imperador, então decidia se devia viver ou morrer mostrando os polegares para cima ou para baixo.

Quando alguém morria na arena, um oficial vestido como Charon —"demônio do outro mundo" — aparecia para fiscalizar o corpo.

“Ao som das trombetas, o corpo era arrastado para fora da arena e a luta dada por encerrada”.

Os gladiadores alimentavam-se basicamente de cereais e farináceos, e praticavam exercícios para manter os músculos em forma, como também aprendiam a combater e morrer com bravura e dignidade.

Vacilar jamais! Esperava-se do bom lutador coragem absoluta.

Para a disputa deixavam o peito descoberto, protegido apenas por um pequeno escudo de madeira ou couro.

Foi com Cláudio, que a celebre frase dos gladiadores apareceu:

“Ave César. Nós que vamos morrer te saudamos”.

Na Itália, o berço da cultura romana, desde 1994 funciona uma escola que prepara gladiadores modernos. É o Instituto Ars Dimicandi, localizado próximo à cidade de Bergamo, que organiza combates parecidos com os de antigamente. As regras e armas usadas são idênticas àquelas da Roma Antiga. Mas não há sangue nem mortes.

Séculos XX e XXI

Tornou-se célebre pelos inúmeros avanços tecnológicos, inúmeras guerras, institulado então como, "Época dos grandes massacres", “Século Sangrento”.

-O historiador Eric Hobsbawn considera de maneira figurada, o século XX como o período entre a eclosão da Primeira Guerra Mundial, em 1914, e o colapso da URSS, em 1991. Hobsbawn chama esse período de Era dos Extremos

Século de melhoria notável para saúde com grandes inovações na medicina, ideologias avançadas, liberdade política. A produção em massa de veículos motorizados e outros bens, permitindo maiores fabricações por custo muito menor, tornando o automóvel o meio de transporte mais importante. Máquinas voadoras mais pesadas que o ar, o motor a jato O vôo espacial aumentou o conhecimento sobre o resto do universo, comunicações globais em tempo real via satélites geosincronizados. Tecnologias de mídia de massa como o filme, rádio, televisão, telefone, computador, internet,etc.

As 48 melhores fotografias dos séculos XX e XXI – Mostram a dura realidade:

Com tamanho avanço tecnológico, pesa por outro lado grande adversidade: infelizmente, não há como distinguir as crueldades ocorridas em nosso século aos espetáculos do Coliseu.

Nestas imagens vemos culturas completamente arrasadas, guerras, crimes políticos, pessoas condenadas - mortas ou queimadas vivas de maneiras horríveis.

Em 1954, o Pacífico Sul, foi atingido por uma bomba de hidrogênio de 15 megatons, 1.000 vezes mais potente que a bomba lançada sobre Hiroshima.

A explosão atingiu ilhas a mais de 160 quilômetros de distância, gerando uma onda de calor de mais de 55.000ºC e espalhou uma névoa de partículas radioativas que chegaram a atingir o Japão e a Austrália.

As ilhas ao redor do atol permanecem contaminadas e impróprias para moradia humana.

Joseph Stiglitz, economista americano declara:

- “Em todas as guerras, os Estados Unidos gastou 6.5 trilhões de dólares sem contar com os seis trilhões de dólares que se projeta para os gastos no Iraque; Até o momento está dividido em três trilhões, custos diretos para os EUA, e três trilhões ao mundo”.

Na Arábia Saudita, tropas americanas ficaram por dois anos, além de perder muito dinheiro, ganharam o ódio de “Osama Bin Laden”

“Hoje os EUA possuem 14 bases militares só no Iraque”!

Isso custa e muito, como custou ao povo de Roma, manter centenas ou milhares de bases (mesmo que pequenas) ao redor do mundo. – (pesquisa internet).

Quando Deus criou o homem, não determinou nenhuma relação de poder ou de escravidão. A terra foi feita para pertencer a todos, indistintamente, mas a cobiça se apresenta como que ela fosse destinada a uma minoria. No Brasil a desigualdade social é uma das maiores do mundo. Por esses acontecimentos existem indivíduos (jovens, velhos, maduros) vulneráveis, tanto na classe média, ou de baixa renda, pois a exclusão social os torna cada vez mais supérfluos e incapazes de ter uma vida digna.

Desprovidos de condição psicológica, econômica, se prostram de joelhos por falta de forças para acarar novo recomeço.

Muitos não conseguem.

Lágrima aflora aos olhos sob efeito de dor, tristeza, ressentimento, autocomiseração, tornando-se candidata a doença de nosso século, a depressão.

Belíssimos Finos fios foram tecidos ano a ano, com cores variadas tirados do arco-íris, transformam-se negros, rudes, feios.

Arena está montada! Luta entre si mesmo, contra os animais ferozes dos problemas acumulados, e a sensação de desapontamento.

Nuvem densa pesa sobre a cabeça, e o gigante apodera-se da alma, despertando enfermidade adormecida, que a galopes alcança o interior do organismo.

A depressão mundial está rondando nosso século com os riscos do continuísmo, como me aparece na memória "histórica" a que teve início nos Estados Unidos em 1929, persistindo ao longo da década de 1930, dando seu término após a Segunda Guerra Mundial.

Este período causou altas taxas de desemprego, quedas drásticas do produto interno de diversos países, bem como quedas na produção industrial, preços de ações, e em todo medidor de atividade econômica, em diversos países no mundo.

Franklin Roosevelt conseguiu retomar o crescimento, criando grandes obras de infra-estrutura, salário desemprego, assistência aos trabalhadores.

Bill Gross, líder do maior fundo de ações do mundo (Pimco) diz :

Quando o fruto do trabalho da sociedade é mal distribuído, quando os ricos ficam mais ricos e a classe média e baixa lutam para sobreviver, o sistema desmorona-se.

Os diversos barcos não acompanham a maré. O centro é incapaz de se sustentar. As taxas de criminalidade de todos os tipos crescem exponencialmente. É nesta altura que os pobres dizem:

- “Os ricos que paguem a crise”.

Tal crise, além de seu caráter cíclico não se trata em um país, mas no conjunto de países capitalistas. Isto porque a necessidade de mercados para os excedentes de capitais e produtos, como também o suprimento de matérias-primas, leva à concorrência entre os diversos países capitalistas. Este foi o fator importante para a realização da Primeira Guerra Mundial em 1914.

“Os especialistas da saúde americanos temem que atual recessão, possa fazer com que aumente o número de suicídios, que evocam o fantasma da crise, e seus subseqüentes dramas humanos”. Época em que deixou 25% dos americanos sem emprego.

“As pessoas estão angustiadas pelo que acontece.

“Estão desconectados (da sociedade) e expressam seu medo”, observa Ellis.

“Certas pessoas dizem que têm medo de perder o emprego e outras explicam que se sentem cada vez pior quanto a pouca possibilidade de encontrar trabalho”.

Segundo Montesquieu - o crescimento da máquina de guerra romana foi um dos fatores que ajudaram a ruína desse império.

Nos EUA está ocorrendo o mesmo. Milhões de pessoas vivem hoje por conta do governo por terem lutado em guerras.

O uso de suas armas significa a ruína não apenas do inimigo, mas de todo o mundo.

Marília
Enviado por Marília em 14/02/2009
Reeditado em 14/08/2010
Código do texto: T1439338
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