Neste mundão de Deus!
Não posso negar que na falta do que fazer sou de muito pensar. Gosto deste exercício. Assim quando escapo do tempo do fazer fico matutando sobre as coisas da vida e do mundo. Este mundão de Deus.
É grande demais o mundo, embora seja uma aldeia global. Nem querendo, nem podendo eu conseguiria conhecê-lo todo. Nem a todas as pessoas que estão por aí embora entre mim e qualquer uma delas só existam seis graus de separação. E é tanta gente, mas tanta gente e não existe nem existiu e provavelmente nem vai existir nenhuma igual à outra. Nem mesmo os clones que o futuro teima em sonhar poderão ser exatamente iguais. Somos apenas semelhantes, uns mais outros menos, cada qual no seu quadrado.
São coisas que me deixam embasbacada. Observo os conhecimentos e as habilidades que as crianças de hoje têm e comparo com meu próprio conhecimento e habilidades quando eu tinha a idade delas. Observo ainda como neste mundo onde adquirir o conhecimento é tão fácil, o quanto a ignorância ainda grassa. No entanto em tempos de antanho, de muito antanho mesmo, havia pessoas que adquiriram conhecimentos e habilidades em graus tão avançados que ainda hoje não dá para acreditar. Pessoas que só de pensar, sem ter acesso a experimentações, conseguiram estabelecer verdades agora comprovadas. É de ficar de boca aberta. Boquiaberta.
Sei que não queria ser milionária pela única razão que não daria conta de controlar os meus bens. Gosto de estar ciente das coisas que tenho ou penso ter embora esteja treinando o desapego. Mesmo assim muitas vezes fico angustiada quando penso que tenho um mundo tão grande a minha disposição e nenhuma chance de controlá-lo, de conhecê-lo por inteiro, de saber a quantas anda. Sou fascinada por livros de viagens e culturas estranhas e pela maneira como as pessoas vivem. Certos comportamentos me deixam embasbacada tanto aqui quanto em lugares distantes. Crenças e as tragédias geradas por essas crenças. Como posso aceitar que as pessoas sejam inferiores ou superiores a mim a não ser pela conquista de virtudes humanas? Não é difícil acreditar na existência de um Ser Criador, mas como acreditar que esse ser seja diferente conforme a raça e a cultura de quem acredita nele?
Pelo bem e pelo mal, pela beleza e pela feiúra, pela graça e pela desgraça, por tudo que existe e tudo que é, o mundo me deixa perplexa. Não dá para abarcá-lo nem com minha inteligência, nem com minha percepção. Mas há uma coisa que para mim é certa: é uma dádiva estar aqui, foi uma dádiva ter estado aqui, será sempre uma dádiva participar desta realidade que não fui eu quem criou, mas que existe e da qual eu faço parte. O resto é mistério que um dia haverá de se revelar. Enquanto isto vou pensando, quando nada mais tiver para fazer. (11/02/09)
Não posso negar que na falta do que fazer sou de muito pensar. Gosto deste exercício. Assim quando escapo do tempo do fazer fico matutando sobre as coisas da vida e do mundo. Este mundão de Deus.
É grande demais o mundo, embora seja uma aldeia global. Nem querendo, nem podendo eu conseguiria conhecê-lo todo. Nem a todas as pessoas que estão por aí embora entre mim e qualquer uma delas só existam seis graus de separação. E é tanta gente, mas tanta gente e não existe nem existiu e provavelmente nem vai existir nenhuma igual à outra. Nem mesmo os clones que o futuro teima em sonhar poderão ser exatamente iguais. Somos apenas semelhantes, uns mais outros menos, cada qual no seu quadrado.
São coisas que me deixam embasbacada. Observo os conhecimentos e as habilidades que as crianças de hoje têm e comparo com meu próprio conhecimento e habilidades quando eu tinha a idade delas. Observo ainda como neste mundo onde adquirir o conhecimento é tão fácil, o quanto a ignorância ainda grassa. No entanto em tempos de antanho, de muito antanho mesmo, havia pessoas que adquiriram conhecimentos e habilidades em graus tão avançados que ainda hoje não dá para acreditar. Pessoas que só de pensar, sem ter acesso a experimentações, conseguiram estabelecer verdades agora comprovadas. É de ficar de boca aberta. Boquiaberta.
Sei que não queria ser milionária pela única razão que não daria conta de controlar os meus bens. Gosto de estar ciente das coisas que tenho ou penso ter embora esteja treinando o desapego. Mesmo assim muitas vezes fico angustiada quando penso que tenho um mundo tão grande a minha disposição e nenhuma chance de controlá-lo, de conhecê-lo por inteiro, de saber a quantas anda. Sou fascinada por livros de viagens e culturas estranhas e pela maneira como as pessoas vivem. Certos comportamentos me deixam embasbacada tanto aqui quanto em lugares distantes. Crenças e as tragédias geradas por essas crenças. Como posso aceitar que as pessoas sejam inferiores ou superiores a mim a não ser pela conquista de virtudes humanas? Não é difícil acreditar na existência de um Ser Criador, mas como acreditar que esse ser seja diferente conforme a raça e a cultura de quem acredita nele?
Pelo bem e pelo mal, pela beleza e pela feiúra, pela graça e pela desgraça, por tudo que existe e tudo que é, o mundo me deixa perplexa. Não dá para abarcá-lo nem com minha inteligência, nem com minha percepção. Mas há uma coisa que para mim é certa: é uma dádiva estar aqui, foi uma dádiva ter estado aqui, será sempre uma dádiva participar desta realidade que não fui eu quem criou, mas que existe e da qual eu faço parte. O resto é mistério que um dia haverá de se revelar. Enquanto isto vou pensando, quando nada mais tiver para fazer. (11/02/09)