A ARTE MARCIAL POLITICA.

A ARTE MARCIAL POLITICA.

(Autor: Antonio Brás Constante)

A política nestes últimos meses andou desferindo golpes mortais contra todos os lados e partidos. Foram verdadeiros festivais de rasteiras, puxadas de tapete, tendo até facadas pelas costas.

Este ano devemos assistir ao exame de faixa. Algo espetacular em questão de cifras, pois somente a faixa já custou à bagatela de aproximadamente R$ 38.000,00. Se somarmos a isto todo custo de divulgação do evento, bem como a apresentação dos candidatos, que aparecem na mídia como verdadeiros santos, prometendo milagres, mas que no decorrer do mandato só conseguem efetuar o truque do desaparecimento de verbas, poderemos imaginar uma disputadíssima luta pelo poder, que irá se acentuar a cada dia, com seu clímax acontecendo em outubro próximo.

As técnicas para vencer o adversário são muitas. Podemos observar a técnica presidencial do “avestruz esquecido”, que enterra a cabeça em viagens para não ver o que está acontecendo em seu País. Rebatendo as acusações contra si com inúmeros “não sei de nada” pronunciados como um mantra, na esperança que a população também esqueça das acusações apresentadas. Existe também a técnica “tocha humana”, onde os adversários atacam jogando seus companheiros de partido no fogo, para ver se conseguem queimar o governo ou incendiar de denuncias o cenário político.

Um golpe muito conhecido é o da coligação oportunista, onde os lutadores unem-se em bandos, emprestando suas siglas, fortalecendo candidatos partidários aos seus interesses, para que no final consigam alguma secretária no novo governo.

Nestas lutas não ocorrem fraturas expostas, mas sim denuncias expostas que doem aos olhos e bolsos dos que vêem a sujeira em proporções “tsunamicas” inundando todo cenário político nacional, massacrando o dinheiro público, atacando verbas, fragilizando assim toda área social do País.

A arte política vem se mostrando sórdida. Corrupta. Mortal aos interesses da população. Mudar esta imagem é mais do que uma tarefa é uma necessidade que deve ser levada a sério por nossos governantes, sob o risco de verem a base da democracia de nossa nação ruir desastrosamente diante do mar de lama que está se formando e que parece querer sufocar toda uma história que nos levou aos rumos da atual, porém utópica, soberania popular.

(SITE: www.abrasc.pop.com.br / e-mail: abrasc@terra.com.br)

NOTA DO AUTOR: Divulgando este texto para seus amigos. (Caso não tenha gostado do texto, divulgue-o então para seus inimigos).

Antonio Brás Constante
Enviado por Antonio Brás Constante em 22/04/2006
Reeditado em 18/05/2006
Código do texto: T143181