DESTINO

Estou aqui debruçada sobre uns versos de um amigo meu, que fala do destino assim: “ O destino do córrego é o rio, / O destino do rio é o mar, / O destino do mar é o horizonte / O horizonte, ilusão de não findar, / Transforma-se em infinito. / O infinito torna-se mistério. / E o mistério?/ O mistério? / Está dentro de mim! (Asas e Vôo- Assis Câmara)

Também existe mistério dentro de mim, meu querido amigo Assis. Agora, quanto ao destino, não acredito nele, acho que sou materialista que nem o Demócrito, que só acreditava no átomo e no espaço vazio. Mas, se acreditasse, pensaria como Marguerite Youcenar, que disse: “Creio que quase sempre é preciso um golpe de loucura para se construir um destino”.

A crença no destino implica em muitos fatores, e levam as pessoas a acreditarem que quem governa o curso da história é Deus ou o destino, esquecendo-se, naturalmente, que se fosse Deus ou o destino, as pessoas não teriam o tal do livre-arbítrio tão proclamado. O fatalismo também conduz as pessoas a acreditarem que tudo o que vai acontecer já está determinado previamente e que o destino pode ser previsto de diferentes formas e interpretado a partir de certos “presságios”. (É o que nos ensinam os senhores filósofos , inclusive Jostein Gaarder))

E, para encerrar, fica dito: Destiny is not a matter of Chance, it is a matter of choice; it is not a thing to be waited for, it is a thing to be achieved - "O destino não é uma questão de oportunidade. É uma questão de escolha. Não é algo para se ficar esperando, é algo a ser conquistado."

(william Jannings Bryan )

Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 10/02/2009
Reeditado em 10/02/2009
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