O GRANDE BUMMMMMMMMMMMMMM.
A mesa está posta.
Os convidados vêm chegando.
Servindo-se à vontade.
Risos soltos, nada reflexivos.
Goles, conversas, olhares.
A casa de portas abertas.
Luz e alegria.
Que bom viver assim...
Que pena que vem se transformando em coisa de um passado nostálgico.
Viver com dignidade, cultivando amigos, está se tornando reminiscência de um tempo que passou.
Que mundo projetado é este?
Que projeto é este de vida que sucumbe ao projétil perdido do narcotráfico?
Que universo de Dante é este, onde os círculos do inferno e dos seus pecados capitais vão se materializando à nossa frente e nos enclausuram atrás de muros e grades?
Não se tocou a sociedade de que antes da queda do feudalismo e de todos os outros regimes de exclusão, primeiro se contruíram muros para separar as classes sociais, mas que as muralhas foram derrubadas pela força implosiva e explosiva das massas excluídas?
O barril está cheio e o estopim aceso.
Quando se dará o Bummmmmmmmmmmmmmmmm?
Alguma mente sana que não sacaneie com a gente fraudando a confiança do voto terá a força moral para nos unir e apagar o estopim que veloz segue ao encontro do barril de pólvora?