Inominado profundo.

Pessoas que possuem suas diversidades e manias. São elas chatas e divertidas. Malucas e mandonas. Rebeldes e agrestes. Implicantes e provocantes. Possuem seus dons e defeitos. E eu que não conheço ninguém, pois as mesmas mudam todos os dias, como metamorfoses ambulantes, devido ao injusto e insano planeta terra! Pessoas crescem e melhoram, ou até mesmo, pioram. Ficam sábias ou fartas. Tornam-se impacientes e metidas. Ficam impuras e maliciosas. Frias e secas. Traumatizadas e sensibilizadas. Crescem e dispersam-se com suas loucuras pelo mundo a fim de encontrar um “fio de felicidade”, ao qual, lhes traga motivos para continuar na luta da caminhada vital.

Adoecem e remoem o passado, abrindo novas feridas. Comparam umas com outras e desmerecem seu semelhante, competem o tempo todo e se vangloriam das qualidades que possuem! Insatisfeitas, continuam... no “buraco que os puxa”, apodrecendo suas vontades e desejos maiores!

Quando abro os olhos perceptivos e enxergo as coisas que acontecem o tempo todo perto de mim, posso me decepcionar com pessoas queridas e assim, vejo a vida mais cinza, procurando colorir e me permitindo entrar em outros mundos e fugir desse ao qual se coloca diante da humanidade, como mesquinho e injusto, ao qual aprende-se a viver. Irônicas e sarcásticas. Frescas e indiferentes. Doces e dramáticas.

Pessoas da vida, seres do mundo, criaturas do universo, às quais, são incógnitas, pois em cada mente há um “mar desconhecido” com monstros e anjos, fadas e bruxas, aos quais se cruzam a todo momento.

Posso sair da realidade, e não ver nada, tampar meus ouvidos para não escutar, e ver apenas a fantasia e magia de um mundo irreal, sendo hipócrita e sonhadora de olhos vendados para não enxergar “absurdos banais”!

Prefiro ser então, a exceção das regras, com uma pitada de insanidade, mesclada com gosto de hipocrisia, essencialmente sonhadora, a fim de entrar num mundo irreal e ideal, místico e astrológico, mágico e fantástico, puro e seguro, sincero e agradável. Onde haja amor sem medo, entrega com paixão e doçura nos pensamentos e sentimentos; onde não se queira ficar só, onde haja fartura de liberdade e compreensão, ao todo, haveria satisfação e prazer de se viver a vida eternamente.

(Lia M. Megi)