DA BOCA PARA O OUVIDO

Pintei a casa de verde e o que me disseram é que cada doido tem a sua mania. Ta certo, pode ser , pelas coisas que ando fazendo até eu duvido da minha sanidade. Hoje ,se eu pudesse subiria na montanha mais alta e mandava ver um grito lancinante. Lá no céu tem uma droga de uma lua até bonita e que dizem ser dos namorados, então eles que fiquem com ela. E por falar em namorado, você já pediu pra namorar alguém? Eu já, uma vez, ou foram duas... ou três...? Lembro não, só lembro que fora levei . Comigo nunca teve essa história de o carro não andar a frente dos bois não, afinal, por que nós mulheres não podemos tomar iniciativa nesse sentido? Você gosta de ouvir Mazurkas, Chopin, compôs umas legais, eu gosto e estou ouvindo neste momento em que o relógio marca meia noite. Meia noite de uma sexta-feira, que não é 13. Também se fosse não tenho medo de fantasmas, não tenho superstições, passo por baixo de escadas, e se cruzar um gato preto no meu caminho nem ligo. Ruim essa coisa de liga- não- liga. Eu ligo pro fulano o fulano não liga pra mim ai vem um beltrano e se intromete na história e o fulano com o beltrano se dão bem e eu danço. Também, bem-feito, que eu até poderia escrever assim: benfeito, quem manda ... quem manda... quem manda o que mesmo? Como se eu não soubesse... Mas de uma coisa eu sei, eu só estou esperando o dia que eu possa cantar “ E agora você passa e eu acho graça nesta vida tudo passa e você também passou. Só não posso dizer que entre as rosas, porque rosa você não é, mas é um “roso”. Então eu digo: era o mais bonito, desbotou, perdeu a cor. E eu perdi o sono e deitei falação, que bem caberia ser AB ORE AD AUREM – “Da boca para o ouvido” DA PRÓPRIA, QUE SERIA EU.

Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 07/02/2009
Reeditado em 07/02/2009
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