Castelo mineiro

Assisti hoje de manhã, que um deputado federal, de Minas Gerais, construiu um castelo em meio o nada, num singelo povoado rural, de aproximadamente mil habitantes. Dizem que esse representante do povo foi eleito esta semana para julgar os colegas fraudulentos, atuar como corregedor na comissão de ética do plenário como um político limpo, ético, honesto e defensor da ordem e da moral. Dizem que seu castelo está avaliado em 20 milhões de reais, possui dezenas de suítes, inúmeras piscinas, lago artificial, cisne... Opa! Será que ele se acha um Luis XV ala Brasileirinho? Agora, de onde surgiu tanto dinheiro são outros quinhentos..;!

Como esse sujeitinho ficou tanto tempo escondido dos holofotes? Outra pergunta que não me sai da cabeça!

Já fiz castelo de areia, quando criança, já equilibrei cartas de baralho em formato de castelo, quando freqüentei uma clinica de repouso, já desenhei castelos em telas à tinta óleo, já sonhei com castelos nas nuvens e já estudei Literatura Portuguesa, na Idade Média, o Trovadorismo, que ilustrava nas cantigas daquele período, a vida palaciana.

Mas esse deputado foi além, construiu seu próprio castelo, dizem que é o rei do pedaço... Disseram que, pela grande quantidade de janelas, nessa obra faraônica, contrataram funcionários só pra abrir e fechar diariamente as janelas... Brincadeira!

Rola por aí que esse sujeitinho carrega processos trabalhistas e tributários nas costas e que não declarou no IR essa jóia particular e nem ao menos colocou em seu nome como proprietário... Será que podemos denominar essa história de: “A raposa e suas laranjas podres”, ou “Ratazana do planalto”?

Pois é caros leitores, o nome desse digníssimo representante do povo, dos interesses dos mais fracos, defensor das leis e a corrupção pública é Edmar Moreira, do DEM-MG, guardem esse nome, porque esse cafajeste vai tentar, pela mídia, dá uma de “coitado” e dizer que isso tudo é intriga da oposição.

O que podemos fazer, pelo menos para amenizar nossa revolta é ver se nesse castelo não há uma torre, aprisionar esse calhorda jogar a chave fora e nunca mais ouvir falar nessa tranqueira. Quem sabe os outros calhordas percebendo que estamos cientes dos seus desatinos com o dinheiro público pensem, não por medo de ser castigado, mas por se conscientizar que não existe nada encoberto que não seja revelado.

ver foto http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL988281-5601,00.html

Sérgio Russolini
Enviado por Sérgio Russolini em 06/02/2009
Reeditado em 31/08/2022
Código do texto: T1425262
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