AO TELEFONE
A lô, tudo bem? Que ta fazendo?
O i, e você, tudo bem? Acordei agora...
T udo bem, quer dizer, apezar, de não ter motivo nenhum de
E star alegre, é só um estado que faz parte da personalidade,
L eve e solta, botando roupa na máquina pra lavar
E com este calorão vai secar logo, logo...
F alou com a Gu? Ela te pega no Leblon, depois do trabalho!
O quei, ela já combinou tudo, ela passa aqui e depois te pegamos
N a Glória e vamos pro sítio. Já preparou tudo que vai levar?
E stou arrumando o necessário pra uma semana lá. Ok, um beijo!
Ele diz “sabe, não fico alegre se estou triste”, como se fosse óbvio. Retruquei "já me viu ficar triste todo o dia?”
Ser infeliz ou estar infeliz é um sofrimento com causa, mas além de castigar com a dor, a pessoa não precisa ficar chorando todo o tempo, ou se lastimando a vida toda até voltar a ser feliz. São duas coisas diferentes. Infelicidade é injusto e doloroso, mas corresponde a um momento e ao tempo do sofrimento conseqüente até o tempo curar a ferida. Ou esporadicamente, mesmo passados anos e anos, de repente, um som, uma situação, uma nota de uma melodia, ou uma corda de um violoncelo distante soando Dvorák ouvida inadvertidamente, ou um gesto de alguém ou uma brisa que traz um sentimento lá dum fundinho, uma dessas coisas vem á tona e renova aquele sentimento daquela tão distante coisa acontecida e a dor se renova, como se houvera sido ontem ou agora... Aí bate tristeza mesmo, e ela é mais forte que qualquer fortaleza e, sim, é um momento de ficar infeliz e triste de novo. E só vale chorar, chorar e sentir toda a dor de novo, até passar e aliviar. O tempo corre e os dias nascem como novidade, a pessoa pode estar alegre, interessada no dia novo aberto a novos acontecimentos, nas pessoas, nas ocorrências diárias e, ainda por cima, locada nela mesma, pois o dia acontece com a ela própria e isto já é uma festa, cada dia é um pedaço de vida nova, nascendo a cada instante.O dia é a vida, presente, está acontecendo e há que agradecer a Deus este privilégio. A gente pode fazer muita coisa num dia novo, ou só curtir.
Já imaginou passar o dia mal humorado por que tem um temperamento negativo, um olhar de que sobra pra ele só o último lugar da fila? Ou que se for ao espetáculo, não haverá lugar no estacionamento para seu carro, aí ele não vai e a família ou os amigos que iriam juntos, ficarão a ver navios. É horrível tal perspectiva. Precisa fazer a cabeça e se livrar deste comportamento impensado, destrutivo, inferiorizado, achando-se sempre menos, ou o último. Ou aquele comportamento de achar que o mundo está contra si, que tudo vai dar errado, que nada vale à pena... Ou fazer julgamento das pessoas, acompanharem o jornal e embarcar nas matérias de injustiça, de corrupção, de absurdos, das guerras, dos desmandos, das irresponsabilidades, das crueldades, da violência e narcotráfico ainda sem solução, ou crimes covardes, horrendos...
Claro que a gente acompanha tudo que interessa e fica atualizado, mas com uma defesa sadia à sua própria auto-estima. Inclusive é importante saber das coisas do mundo e refletir sobre tudo sem julgamento, mas mais como uma análise de tudo que vai acontecendo ao redor, independente da nossa própria vontade. Quando se pode participar em alguma coisa no sentido de dar solução e, se o seu tempo lhe permitir espaço, e mesmo também se está com vontade, pode ser bom participar segundo dita sua própria filosofia de vida... Há que ter esta calma de olhar pra fora de si. E há que ter sempre consciência que o que ocorre fora de você, independente da sua vontade, é coisa de fora, que o atinge um tanto, mas da qual você não tem participação e nem é responsável pela coisa, é coisa do outro, de fora de você, não a assuma como coisa sua, de jeito nenhum; é problema e responsabilidade do outro. Quando muito, se formos solicitados a dar opinião ou mesmo alguma ajuda, a gente vai pensar a respeito, sem se deixar envolver, abater-se e, CUIDADO, em não se descuidar e absorver a “coisa” como sua. O que muita gente desprevenida deixa acontecer consigo e, descuidado, carrega a carga do outro.
Importante mais, e em primeiro lugar é colocar-se na frente de todos os acontecimentos do dia, pois quem é mais importante no seu próprio dia, que não você mesmo? Você é o personagem principal do seu dia de vida, não acha?
E se discorda, a meu ver, ta na hora de procurar uma terapia. Assuma humilde e sabiamente, que precisa desse apoio para ter orgulho de si próprio e amar-se antes de amar o Outro.
A lô, tudo bem? Que ta fazendo?
O i, e você, tudo bem? Acordei agora...
T udo bem, quer dizer, apezar, de não ter motivo nenhum de
E star alegre, é só um estado que faz parte da personalidade,
L eve e solta, botando roupa na máquina pra lavar
E com este calorão vai secar logo, logo...
F alou com a Gu? Ela te pega no Leblon, depois do trabalho!
O quei, ela já combinou tudo, ela passa aqui e depois te pegamos
N a Glória e vamos pro sítio. Já preparou tudo que vai levar?
E stou arrumando o necessário pra uma semana lá. Ok, um beijo!
Ele diz “sabe, não fico alegre se estou triste”, como se fosse óbvio. Retruquei "já me viu ficar triste todo o dia?”
Ser infeliz ou estar infeliz é um sofrimento com causa, mas além de castigar com a dor, a pessoa não precisa ficar chorando todo o tempo, ou se lastimando a vida toda até voltar a ser feliz. São duas coisas diferentes. Infelicidade é injusto e doloroso, mas corresponde a um momento e ao tempo do sofrimento conseqüente até o tempo curar a ferida. Ou esporadicamente, mesmo passados anos e anos, de repente, um som, uma situação, uma nota de uma melodia, ou uma corda de um violoncelo distante soando Dvorák ouvida inadvertidamente, ou um gesto de alguém ou uma brisa que traz um sentimento lá dum fundinho, uma dessas coisas vem á tona e renova aquele sentimento daquela tão distante coisa acontecida e a dor se renova, como se houvera sido ontem ou agora... Aí bate tristeza mesmo, e ela é mais forte que qualquer fortaleza e, sim, é um momento de ficar infeliz e triste de novo. E só vale chorar, chorar e sentir toda a dor de novo, até passar e aliviar. O tempo corre e os dias nascem como novidade, a pessoa pode estar alegre, interessada no dia novo aberto a novos acontecimentos, nas pessoas, nas ocorrências diárias e, ainda por cima, locada nela mesma, pois o dia acontece com a ela própria e isto já é uma festa, cada dia é um pedaço de vida nova, nascendo a cada instante.O dia é a vida, presente, está acontecendo e há que agradecer a Deus este privilégio. A gente pode fazer muita coisa num dia novo, ou só curtir.
Já imaginou passar o dia mal humorado por que tem um temperamento negativo, um olhar de que sobra pra ele só o último lugar da fila? Ou que se for ao espetáculo, não haverá lugar no estacionamento para seu carro, aí ele não vai e a família ou os amigos que iriam juntos, ficarão a ver navios. É horrível tal perspectiva. Precisa fazer a cabeça e se livrar deste comportamento impensado, destrutivo, inferiorizado, achando-se sempre menos, ou o último. Ou aquele comportamento de achar que o mundo está contra si, que tudo vai dar errado, que nada vale à pena... Ou fazer julgamento das pessoas, acompanharem o jornal e embarcar nas matérias de injustiça, de corrupção, de absurdos, das guerras, dos desmandos, das irresponsabilidades, das crueldades, da violência e narcotráfico ainda sem solução, ou crimes covardes, horrendos...
Claro que a gente acompanha tudo que interessa e fica atualizado, mas com uma defesa sadia à sua própria auto-estima. Inclusive é importante saber das coisas do mundo e refletir sobre tudo sem julgamento, mas mais como uma análise de tudo que vai acontecendo ao redor, independente da nossa própria vontade. Quando se pode participar em alguma coisa no sentido de dar solução e, se o seu tempo lhe permitir espaço, e mesmo também se está com vontade, pode ser bom participar segundo dita sua própria filosofia de vida... Há que ter esta calma de olhar pra fora de si. E há que ter sempre consciência que o que ocorre fora de você, independente da sua vontade, é coisa de fora, que o atinge um tanto, mas da qual você não tem participação e nem é responsável pela coisa, é coisa do outro, de fora de você, não a assuma como coisa sua, de jeito nenhum; é problema e responsabilidade do outro. Quando muito, se formos solicitados a dar opinião ou mesmo alguma ajuda, a gente vai pensar a respeito, sem se deixar envolver, abater-se e, CUIDADO, em não se descuidar e absorver a “coisa” como sua. O que muita gente desprevenida deixa acontecer consigo e, descuidado, carrega a carga do outro.
Importante mais, e em primeiro lugar é colocar-se na frente de todos os acontecimentos do dia, pois quem é mais importante no seu próprio dia, que não você mesmo? Você é o personagem principal do seu dia de vida, não acha?
E se discorda, a meu ver, ta na hora de procurar uma terapia. Assuma humilde e sabiamente, que precisa desse apoio para ter orgulho de si próprio e amar-se antes de amar o Outro.