Sábado pós chuva

A noite de ontem trouxe chuva intensa,

as ruas estiveram desertas e silenciosas;

na igreja o sino badalava mansamente,

tocado pela ventania trazida das árvores.

O caloroso clarão da manhã desperta-me,

chego à janela e vejo o sol brilhando;

atrai-me a verde beleza da vasta vegetação,

misturada às flores brancas, rosas e amarelas.

Ouço uma harmoniosa cantiga de pássaros,

que encobre o barulho dos veículos nas ruas;

vejo na calçada atletas que seguem correndo,

e incansáveis boêmios reiniciando suas jornadas.

Estou em mais uma bela manhã de sábado,

realçada pelas suaves cores da primavera;

num fundo de quintal ouço crianças tagarelas,

que correm e pulam a brincar com um cãozinho.

Meu olfato distingue um esfomeante aroma,

talvez de delicioso frango com quiabo e angu;

vindo pela fumaça que saia de uma chaminé,

aquela essência assanha demais minha fome.

Sei que não posso voar como aquelas borboletas,

que voam e revoam, sugando o néctar das flores;

sábado, ensolarado, promissor, fazer mais o quê,

Serra do Cipó, aguarde-me: cachoeiras, cá estou.

Harock
Enviado por Harock em 06/02/2009
Reeditado em 09/03/2013
Código do texto: T1424325
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