POLITICAMENTE INCORRETO

Sou o galego mais negão que existe. Sou branquelo com alma de negão. Tem uma grande escritora e amiga minha – olá zelinha Fereire -, ela só me chama de branco azedo. Acho engraçado.

Foi muito bom nascer no Brasil, pois minha pele é branca mas minha cultura é um misto da astúcia indígena com a força dos negros – por favor, sem essa de afrodescedente – sem essa de politicamente correto, sem essa de querer ver discriminação onde não existe.

Porque chamar de hiposuficiente um cara que não tem onde cair morto devido o cara que é chamado de milionário gastar o dinheiro do tal”hiposuficiente”? Ah, pelo amor de deus! Sem hipocrisia... O cara é pobre, é esculachado e não teve uma liberdade equitativa de oportunidade, como desejava John Rawls, para se dá bem na vida. Nisso me aparece um monte de almofadinhas, que, querendo se esquivar da inércia de não ter trabalhado em prol das “hipos”, criam termos sem pé nem cabeça... sem falar da onda de corrupção que já está ficando até enfadonho de falar...

... são nos livros, jornais, telejornais, revistas, esquinas. Falamos, falamos e nada dá em nada! Continuam “roubando”, somos coniventes, e depois reclamamos!

Vendo aí... morar no Brasil tem seus prós e contras: sou branco, negro e índio. Mas sou governado por um bando de animais inescrupulosos, que não são índios, nem brancos, nem negros. Pior, nos põe em extinção, em processo degenerativo... e ainda impõe não chamar negro de negro, pobre de pobre e etc. dizendo ser discriminação. Pelo jeito eles não sabem o que é discriminação!

Imagina aí o que é um “valerioduto”, um cartão corporativo, dólares na cueca, dancinha da pizza. Vocês podem até ter esquecido isso tudo, mas eu ainda não esqueci!... no mais, há e haverá mais e mais escândalos. E o conselho de ética que não é ético? Me diz aí o que é descriminação? Isso sim é o pior meio de discriminar, pois é a discriminação do poder oculto venenoso!

Como dizia o caro Gabriel pensador: “ pega ladrão no governo, pega ladrão no senado, pega lá na câmara dos deputados [...] tira do poder e bota na prisão [...]

[...] eu sou o resto do mundo: um mendigo, um indigente, um indigesto, um vagabundo [...]

Valeu Gabriel, que rima com Emmanuel,

E também com meu apelido que é kekel...

Um salve pro rimador,

O horror pra quem nos causa dor...

Vermes macabros com fedor

Sujeitinhos de alma pequena, pra eles nada vale a pena...

Pra eles desejo a condenação, prisão máxima, pena... pena!

Pecado aos podres parceiros do diabo!

Sabe quem são os politicamente incorretos? Os próprios políticos. Que paradoxo!

Pode até ser enfadonho, mas enquanto eu viver e minha fome de verdade for viva, viverei discriminando a corja política medíocre e viverei também redundando no objeto cognoscível chamado corrupção!