O FUTURO DO HOMEM A DEUS PERTENCE?
Um futuro sem tantos carros nas ruas e menos poluição no planeta. É o futuro que eu vislumbro para a Terra, em pelo menos 30 anos. Em meio a propagada crise financeira, basta abrir a Zero Hora do último domingo e verificar que as revendas de veículos festejam o aumento nas vendas.
O fato é que o modelo consumista que ora está espalhado em toda a orbe está destruindo com o meio ambiente, que já nem é mais meio. Já é "um terço de ambiente". A poluição aumenta em todo o planeta com a emissão dos gases oriundos dos veículos individuais, agravando os efeitos do aquecimento global que já podem ser sentidos em vários pontos da Terra. Não é a toa que surgem tsunamis, enchentes ou terremotos. O Planeta Terra é um organismo vivo e o que acontece é que o nosso compartamento tem sido equivalente a de bactérias que precisam ser expurgadas antes pelos anticorpos planetários. E é aí que a natureza entra em ação, usando dos mecanismos que possui. A ânsia consumista e destrutiva do homem, desprovido da consciência de preservação do ambiente e das espécies (e de sua auto-preservação em consequência) é que vem colocando a humanidade no rumo de sua própria destruição. É certo que o futuro da humanidade dependerá de uma mudança social geral, que inclui a restrição da compra, venda e uso de veículos individuais e, sim, a implantação de sistemas de transporte coletivo eficientes e baratos; o retorno do transporte ferroviário; o fim da emissão de gases poluentes na atmosfera; investimentos pesados em saneamento básico e recuperação de nascentes; a repovoação de rios e da flora e o fim do uso de agrotóxicos nas lavouras; além da interferência do Estado na questão da natalidade. A tecnologia precisará ser empregada para recriar modelos de vida mais simples com o propósito de recuperar o ambiente que sempre tivemos e que foi sendo, aos poucos, alterado.
O crescimento urbano desordenado, fruto do modelo consumista implantado, é que vem tornando a Terra cada vez pior e trazendo consequências a todos os meios. A violência urbana é também fruto do consumismo, assim como são as drogas, o álcool e tudo o mais que é propagado pelas televisões e pela música. É certo que o nosso futuro será incerto caso o rumo do Planeta siga esse norte, eis que é bem provável que a humanidade esteja vivendo os seus minutos finais antes de uma nova hecatombe, como a que ceifou os que aqui viveram antes desta raça a que damos continuidade. Houve um fim para os egípcios. Houve um fim para os atlantes. E haverá um fim para todos nós também. O universo funciona tal qual as engrenagens de um relógio, onde cada segundo conta. E cada vez mais nos aproximamos do minuto fatal.