ONTEM... FOI OUTRO DIA E EU JA NEM LEMBRO
Ontem. 23:00hs. A música que ouço é Noturno n.1 em Si Bemol Menor, de Chopin, executada ao piano por Artur Rubinstein; o vinho que bebo é um o Reservado Cabernet Sauvignon ; o livro que leio é Pragmatismo e outros textos de William James. Estou só. E de repente me indago: por que eu só não me basto? Por que a mim não só interessa o universo com o qual a minha vida esta ligada? Por que não reconheço que não deva existir uma razão decisiva em favor de outra mente, de um você, de um outro corpo? E se existe, por que permito passar de mais que um percepto no meu campo de ação, e o permito animado, e animado penso nele? Mas por que pensar nessa mente, nesse você, nesse corpo, se pertencemos a universos diferentes? Sei que sou influenciada pelos meus sentimentos pessoais e estes, no momento, me são desfavoráveis. Sinto-me ausente do que sou, não consigo me encontrar e se os meus pensamentos estão envoltos em brumas são neles que me sinto perdida. Na minha condição..., ironia da vida? É...Pode ser, vá lá eu saber... Mas quem entende de ironia é Alanis Moressette. E eu que iniciei esta crônica ouvindo Chopin, encerro com a cantora, que lá pras tantas na sua canção “Ironic” diz: Well life has a funny way of sneaking up on you
When you think everything's okay and everything's going right
And life has a funny way of helping you out when
You think everything's gone wrong and everthing blows up
In your face. (Bem, a vida tem um jeito engraçado de aprontar com você Quando você pensa que tudo está O.K. e tudo está indo bem
E a vida tem um jeito engraçado de te ajudar quando
Quando você pensa que tudo está dando errado e tudo explode
na sua cara).