Céus, sonhos e lágrimas
Volta e meia, o céu parece cair em sua volta. Ele se sente sufocado com tamanha benção. Maldita seja essa benção.
O céu dela sempre foi mais azul que o dele. Estrangulava qualquer calor sentido em sua dita alma. A sua própria carne o enfraquecia.
Sem alegria alguma, sob o céu que continuava a cair, o que ficava em evidência ainda era o céu. O mesmo que continuava mais azul que o dele.
Enterrado em desespero.
Ele desvanecia no mesmo céu que transformava sua mente em uma sepultura para todas as lembranças. Voando por este mesmo céu, feito um anjo. E matando seu amor. Pedindo para que sangrasse por ele.
Por cada lágrima desperdiçada, sem sinceridade alguma. Abra seu coração e sangre por ele, como se caso contrário, sua alma nunca se libertasse.
Carne é apenas carne. Cinzas de todo e qualquer sonho.
Ele ainda olhava em seus olhos, e tudo que via era o céu. Que continuava mais azul que o dele