Como é namorar

*Caldeira da Silva

Há quem diz: “Quanto mais experiências tivermos, será melhor”. Admiro essa afirmação, mas confesso que tenho um conceito a respeito. “A experiência nos diz sobre algo que já passou situações e problemas que deixamos resolvidos ou parcialmente remediados”. Arisco dizer: A experiência é útil, mas em certos estágios da vida não serve para nada.

Conhecer uma pessoa para namorar é zerar, começar tudo do zero, tentar superar novos obstáculos que aparecerão no seio do relacionamento. É estabelecer com a pessoa amada uma atitude de criança. Digo criança: não criança chorona e imperativa, que quer estar no centro das atenções, mas de criança inteligente que busca o saber, sempre com humildade e respeito.

Não tenho namorada, mas já tive duas. Todas tiveram um papel significante. Namorar não consiste apenas em beijar na boca, transar e chamar meu amor... É um processo de aprendizado, encontro e descoberta. Apreender como um pesquisador, usando vários caminhos, pois nada se sabe o suficiente do outro. Descobrir a metodologia de ser humilde, quando não a tiver por natureza, pesquisar e encontrar as táticas da esperteza apreender a pisar no calo quando for preciso, perdoar quando necessário e, sobretudo, a falar “eu te amo” quando o coração sentir.

Inspirar amor é encontrar com outro ser que pensa e expressa seus sentimentos às vezes de forma indecifráveis, obscuras e indigestas... Namorando estamos encontrando surpresas e repetições, que se materializam de forma afável ou desagradável.

Namorar é descobrir outra realidade e novas atividades, é encontrar um ser que há escondido dentro de nós e educar-lo para que ele tenha um bom comportamento. Por esses e outros motivos, estou disposto a namorar.

*Tiago Caldeira da Silva