Reeves e o Cavalo Branco
Doíam. Todas as vezes em que seu nome era pensado, dito ou mencionado.
E nada poderia ser feito. Exceto dormir acompanhado de dois velhos amigos.
Bastava isso. O cavalo branco e o bom amigo Reeves.
Os olhos pesavam, mas a consciência provavelmente já nem existia mais.
Reeves sempre ajudou nesses momentos. Seus ombros sempre serviram de descanso.
As caminhadas com o cavalo branco se tornavam nauseantes durante as manhãs.
Essas caminhadas o fizeram esquecer suas pernas.
Ultimas vezes que ele sentiu qualquer coisa.
Ao acordar tudo vinha à tona.
Ir, vir. Não fazia mais diferença.
Não fazia mais diferença.
Doía, ainda doía.
Apesar de tudo, seus dois amigos ainda o acompanhavam, noite após noite.
Toda e qualquer coisa feita antes perdia o sentido.
Ele não sabia mais o que era ou não.
As coisas balbuciadas enquanto dormia não eram lembradas.
Mas mesmo assim, provavelmente faziam mais sentido do que tudo dito enquanto acordado.
Os dias pesavam cada vez mais. Os dias pesavam cada vez mais.