NA FALTA DO QUE DIZER...
Hoje, bem que poderia escrever sobre “ A Comédia dos Erros” de Shakespeare (fase de iniciação literária do autor (1591) e indicada para compreendermos a alusão aos acontecimentos políticos da França, motivada pela morte de Henrique III e ascensão de Henrique de Navarra), mas a trama é tão complicada que desisti; de que adianta dizer que a peça começa com a entrada do duque, de Egeu, do carcereiro, de oficias e séquito; depois falar sobre o mercador, Antífolo de Siracusa, Drômio de Éfeso, Adriana, Luciana, que viveram lá os seus dramas para no final dizer que Adriana reconcilia-se com Antífolo de Éfeso, Egeu é perdoado pelo duque, os gêmeos são reconhecidos e os Drômios ficam felizes para sempre ( Isto está parecendo enredo de escola de samba, e lembra, gurdada a devida proporção, o Estanislau Ponte Preta, com o seu Samba do Criolo Doido)
Falando sério, tratarei de tecer comentários sobre Marco Túlio Cícero ( em latim cicer significa “grão de bico”), não direi das suas qualidades intelectuais nem filosóficas, direi que ele era um defensor da República, do amor pátrio, acreditava que só a justiça torna possível um bom governo e que a verdadeira felicidade de um povo, só pode ser dada por uma perfeita constituição política, numa República sábia e bem organizada; reconhecia o valor da família e afirmava a existência de Deus. Teve um fim trágico, encontrava-se em Gaeta e sentia saudades de Roma, os seus criados para tirá-lo da aflição resolveram levá-lo numa liteira em direção ao mar. Foi quando, a meio do caminho, chegaram os seus assassinos. Herênio e Popílio, e o degolaram, tendo o próprio Cícero estendido corajosamente a cabeça ao mesmo tempo que pronunciava estas palavras: Moriar in pátria saepe servata (Morra eu na pátria que tantas vezes salvei) Contava sessenta e três anos de idade e o ano era 43 a. C.