imagem/joão parassu

              
       PELAS VÍRGULAS DAS JANELAS

                (Reverberas de Sofia/zocha) 
                  


 Lá vem o padre Santo    com os bolsos cheios de santinhos .  São Domingos Sávio ,Dom Bosco,  N.S. Auxiliadora . A noite quando coacham as estrelas  os sapos cantam ao sol ,mesmo sem ve-las. De passarinhos entende o azul! - Que padre grande, meu Deus!   O tempo esticou a linha e  o ôlho do meu fio  e acertou em cheio o verbo da rua Goiás.  Como era comprida e distante, como ficou próxima e ausente.- Mas que confusão!
      O Padre Santo era alto ,muito alto ,colhia  as estrelas com as mãos  e levitava as bolas de futebol      quando jogava com a gurizada   no pátio do Colégio Salesiano.  Fico de olho naquele vidro de pirulitos,      coloridos como peixinhos de aquário, sempre no balcão
 do armazém do  seu Zé da Vanda. Corro com a cara lambuzada pela rua da liberdade , das planuras e da poeira   devorando o pirulito e arrebentando   a cara do vento  com a minha bicicleta  ciclone verde - Vede Verde! Quo Vadis!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
      Terra de Kollody , araucárias , bem-te-vis, de  azul de Gralhas é essa aldeia aqui ,   mas o Padre Santo  não era  Gulliver daqui!    Essa terra acende e apaga        azulada. Reticências................................... as palavras nunca estão a sós, as vírgulas das janelas se balouçam no        hálito delas!



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