PALAVRAS TAMBÉM MATAM

A palavra é a verbalização do sentimento. Por mais simples e inocente que pareça, uma palavra é capaz de mudar o mundo.

Palavras não saem da boca automaticamente. Elas são, primeiramente,

processadas na mente, chegando ao coração, encaminhando- se até a boca, para só então desabrochar pelo aparelho fonador.

Talvez o desafio humano seja o de dizer somente o necessário.

O primeiro ouvido que ouve, é o ouvido de quem fala.

Tudo pode ser dito por todo mundo. Importa porém, saber de que forma dizer e refletir sobre a real necessidade e os efeitos causados àquele que ouve.

O problema está em quem fala. Geralmente, falamos para depois pensar. O procedimento correto deveria ser o oposto. Tudo o que temos dentro de nós, precisa ser devidamente filtrado, peneirado. Devidamente limpos, os pensamentos devem chegar ao coração, grande morada dos sentimentos que cultivamos durante a existência.

Há casos em que a razão deve sobrepor- se a emoção e vice- versa.

A palavra de uma mãe, que tem por objetivo a corrigenda de seu rebento, deve vir acompanhada de boa dose de carinho, ainda que seja dita com certa firmeza, para que a orientação chegue filtrada ao coração do filho;

A palavra de um chefe, que repreende o funcionário por um erro, deve carregar consigo, o ônus da prova de capacidade, e sobretudo, deve ser dita com a sabedoria de um grande líder, que conquista o respeito do empregado, sem ofendê- lo;

A palavra de um amigo, que se preocupa com o outro, deve ter a base da confiança, para que não fira o sentimento sincero que há entre os verdadeiros amigos.

Palavras são grandes instrumentos. Com elas, podemos construir sonhos, conquistar corações, ganhar prêmios, trabalhar...

Palavras também podem ser mal interpretadas, ferindo a alma de quem ouve.

Quando dita, a palavra não volta boca a dentro.

Palavras têm duas finalidades. Uma boa e outra ruim.

Da palavra pode surgir um campeão.

A palavra pode matar a esperança de um futuro que poderia ser promissor.

Marcello Santos
Enviado por Marcello Santos em 31/01/2009
Reeditado em 02/02/2009
Código do texto: T1414976
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.