PALAVRAS TAMBÉM MATAM
A palavra é a verbalização do sentimento. Por mais simples e inocente que pareça, uma palavra é capaz de mudar o mundo.
Palavras não saem da boca automaticamente. Elas são, primeiramente,
processadas na mente, chegando ao coração, encaminhando- se até a boca, para só então desabrochar pelo aparelho fonador.
Talvez o desafio humano seja o de dizer somente o necessário.
O primeiro ouvido que ouve, é o ouvido de quem fala.
Tudo pode ser dito por todo mundo. Importa porém, saber de que forma dizer e refletir sobre a real necessidade e os efeitos causados àquele que ouve.
O problema está em quem fala. Geralmente, falamos para depois pensar. O procedimento correto deveria ser o oposto. Tudo o que temos dentro de nós, precisa ser devidamente filtrado, peneirado. Devidamente limpos, os pensamentos devem chegar ao coração, grande morada dos sentimentos que cultivamos durante a existência.
Há casos em que a razão deve sobrepor- se a emoção e vice- versa.
A palavra de uma mãe, que tem por objetivo a corrigenda de seu rebento, deve vir acompanhada de boa dose de carinho, ainda que seja dita com certa firmeza, para que a orientação chegue filtrada ao coração do filho;
A palavra de um chefe, que repreende o funcionário por um erro, deve carregar consigo, o ônus da prova de capacidade, e sobretudo, deve ser dita com a sabedoria de um grande líder, que conquista o respeito do empregado, sem ofendê- lo;
A palavra de um amigo, que se preocupa com o outro, deve ter a base da confiança, para que não fira o sentimento sincero que há entre os verdadeiros amigos.
Palavras são grandes instrumentos. Com elas, podemos construir sonhos, conquistar corações, ganhar prêmios, trabalhar...
Palavras também podem ser mal interpretadas, ferindo a alma de quem ouve.
Quando dita, a palavra não volta boca a dentro.
Palavras têm duas finalidades. Uma boa e outra ruim.
Da palavra pode surgir um campeão.
A palavra pode matar a esperança de um futuro que poderia ser promissor.