SEXO...

 
                                                                       (...) O amor sonha com a pureza. 
                                                                                                              Sexo precisa do pecado. 
                                                                                          Amor é a lei. Sexo é a transgressão.
                                                                                                     Amor é o sonho dos solteiros.
                                                                                                    Sexo, o sonho dos casados (...)
 
                                                                              Fragmentos da crônica de Arnaldo Jabor,  
                                                
que inspirou  a música de Rita Lee e Roberto de Carvalho.

 
 
            O que é sexo? Não quero falar do órgão que define se somos homens ou mulheres. Quando podemos dizer que fizemos sexo ou amor? Que linha separa este ato? O que diferencia? O ato em si é o mesmo: dois corpos (há quem prefira mais), excitação, prazer, orgasmo. Sabemos, entretanto, que é muito mais que isso.
 
            O ato de fazer amor tem algo de transcendental. Metafísico. Nunca encontrei uma palavra que traduzisse a sensação provocada por um orgasmo. Um texto que dissesse da grandeza do ato de fazer amor. 
 
            Recentemente li um belíssimo texto onde o autor diz que fazer amor é caminhar na eternidade. Uma bela expressão poética que define lindamente o ato de fazer amor, mas nós não conhecemos a eternidade. Imaginamos, apenas. Já imaginei a sensação de gozo como tocar as nuvens, subir aos céus, mas também nunca estive lá, materialmente.
 
            Que grandeza é esta, que sensação tão soberana é esta que não pode ser traduzida? O corpo que levita, que quase adormecido de tanto prazer ainda quer ser tocado e amparado pelos braços do amado. A mente fica vazia e, ao mesmo tempo, transborda de felicidade. O coração acelerado faz festa para o outro que lhe beija ternamente.
 
            Já imaginei mil maneiras de dizer como me sinto após este momento sublime, mas nunca consegui ser fiel, em palavras, ao que sinto. E, imagino que, o sexo pode ser o amor diluído em mil partes ou em duas unidades que se completam ou que se entregam e se misturam no ato de amar. E que, mesmo depois de separadas, continuam unidas por algo que é muito maior e mais forte do que qualquer palavra possa dizer.
 
            O sexo é o amor feito prazer, dissolvido nos suores, transformado em sons ininteligíveis, em ritmos determinados pela cadência do deleite, em toques suaves ou exigentes, em entrega que é acolhimento. É vida que se faz na união dos corpos, no encontro de almas.
 
            Sexo é amor!?















 
 
Ângela M Rodrigues O P Gurgel
Enviado por Ângela M Rodrigues O P Gurgel em 31/01/2009
Código do texto: T1414869
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.