Uma solução rápida e certeira
O T-Rex avisa que esse assunto é sem sucesso, por que a realidade é uma coisa assim: ou você aceita ou pode ir morrendo, por que ela não vai mudar. E avisa que nossos leitores preferem falar de amor, de preferência de forma romântica e doce, ao modo de merengue.
É ruim, hein, Rex, de sair de meus dedos algo assim. Mas, sou insistente, persistente e nunca desisto. Mesmo que não leiam, continuo a escrever.
Estava hoje assistindo o jornal da globo, e vendo a crise econômica mundial e os "pais da Pátria", como Bill Clinton e outros, reunidos em Davos, Suiça, para discutir o que fizeram de errado. Se me dessem a liberdade de falar para os próceres eu diria que o que eles fizeram de errado foi não avisar aos ricos que o oba-oba deles "lascam" os pobres, mas a falta do oba-oba, "lasca" mais ainda. Sem pretender escrever um tratado de economia, penso e diria aos bam-bam-bans de Davos, o seguinte:
Quando rico economiza, pobre se arromba! Por que neste mundo (injusto e cruel, certamente, mas o único que conheço) é do excesso do rico que o pobre se alimenta. As grandes fábricas tem que produzir cada vez mais coisas para os ricos, as grandes fortunas, consumirem por que é isso que dá emprego ao pobre, aqui ou no Japão. Os grandes estilistas contratam costureiras e bordadeiras a preço de banana, mas é essa remuneração que as faz levar comida para a mesa dos filhos.
Pobre não come caviar, mas arruma as latinhas no supermercado chique, funciona a caixa registradora, varre a galeria, atende as dondocas com um sorriso e no fim do mês ganham seus caraminguás, para tomar a santa pinga ou a escassa cervejinha, dançar seu forró, vestidos na moda C&A ou, como aqui no nordeste, Made in Caruaru.
Se o rico não come caviar o pobre certamente morrerá de fome.
A cocaína, o extase e outras drogas de consumo caro faz dos traficantes novos-ricos, por que os ricos a consomem. Até os classe média, sempre metidos a "querer-ser" fazem uso do "brilho pessoal empacotado"; não há nada mais patético que um usuário de cocaína, se achando tudo depois de usar. Na minha opinião, se fossem assim tão tudo não haveria necessidade, mas, enfim...essa é uma outra história.
A minha teoria é tão provável, que pobre consome crack (aqui no nordeste chama-se "nóia"), um sub-produto da cocaína consumida pelos ricos, e, não esqueçamos, os classe média.
No mesmo jornal vi gente gastando um dinheirão para remover estrias e celulites, a custa de tratamentos caríssimos e, pelo visto, dolorosos. A mulherada disposta a gastar fortunas para deter o inevitável tempo e sua ação perniciosa, com a secreta esperança que revoguem definitivamente a Lei da Gravidade em detrimento aos interesses dos cirurgiões plásticos, que certamente entrariam com ação judicial contrária. As moças do café de da limpeza dessas clínicas, as auxiliares de enfermagem, as telefonistas morrem de medo que, de repente as malucas achem natural a ação do tempo e do envelhecimento, e deixem-se envelhecer livremente. Deus as livre! Como empregar-se novamente se os ricos resolvessem todos economizar, nesses assuntos, para nós os assalariados, supérfulos, entretanto tão importante para quem tem dinheiro?
Senhores próceres dos governos, reunidos em Davos, se querem uma solução rápida e certeira, verifiquem que o alarmismo de vocês está causando prejuízos...há mais pobre que rico no mundo, é uma desvantagem grande. Mandem que os ricos gastem, invistam em baboseiras, acabem com carros, andem muito de avião, comprem roupas caras, façam filmes, peças de teatro, shows de rock. Os porteiros, babás, vendendores de cachorro-quente agradecem comovidos!
A gente, misters, não sabe o que é caviar, nunca viu, nem comeu, a gente só ouve falar.
O T-Rex me acha muito atrevida e avisa, não se responsabiliza por minhas opiniões.