SONHOS BONS SÃO OS DA PADARIA

Nós, quando pequenos, sonhamos com coisas bobas e singelas mas que nos trazem imensa alegria. Depois, como adolescente (ou aborrecente, como diz um amigo) já começamos a sonhar “mais grande”, já sonhamos em aprender a dirigir e cair na estrada com amigos (mais tarde descobrimos que o custo deste sonho incluindo pedágios, combustível, restaurantes, etc...,é muito caro), sonhamos em ter um bom emprego, conhecer o mundo, fazer sexo, comprar um lindo carro (mesmo que de segunda mão) e, principalmente, em namorar (para fazer sexo, é claro).

Então, cansados de não cair na estrada, nem de conhecer o mundo mas de fazer sexo aletóriamente...casamos.

Continuamos a sonhar, agora com a casa própria, um bom emprego, um carro zero, férias na praia...e vem os filhos.

Começamos a sonhar para eles tudo aquilo que outrora sonhamos para nós e não conseguimos...uma boa faculdade, um bom emprego, uma boa casa, um bom marido, enfim, um futuro melhor, é como se a gente se realizasse com a realização deles.

Alguns pais esquecem que, as vezes, os sonhos deles estão bem distantes daquilo que sonhávamos para nós, que a realidade é outra, são novos tempos, novos valores, diferentes perspectivas de vida e acabam se frustrando com o caminho seguido pelos filhos.

Não é raro conhecermos mães que sonharam a vida toda em ser modelo e agora quase que obrigam a filha a seguirem esse rumo, independente da vontade da menina, ou pais que gostariam que seus filhos tivessem a mesma profissão que ele(isso deixa alguns filhos prostitutos de raiva).

E quando nossa filha, linda, querida e “tchutchuquinha” do papai chega com namorado em casa...geralmente o avesso do que sonhamos para ela...aí que vontade de vomitar...mas ao invés disso temos que sorrir e sermos educados(vai sonhando).

Sem nem ao menos conhecermos, o rapaz, na nossa cabeça não passa de um babaca, um filhinho de papai, um inconseqüente que só deseja fazer sexo com nossa garotinha.

Deitamos e, sem dormir, já ficamos imaginando “o marginal” abrindo nossa geladeira e tomando nossa cerveja, querendo sair com meu carro, mijando de porta aberta, soltando ‘’puns na sala’’ e rindo da nossa cara...que raiva(fico imaginando meu sogro)!

Como pode aquela menina tão meiga que me abraçava, me beijava, que sonhava com um futuro brilhante estar aos beijos com esse idiota? E se for um pervertido que sonha em fazer loucuras...como já sonhei um dia(bom...eu não fiz...só sonhei)? Poxa que vida cruel...como sonhar se nem dormir eu consigo?

Mas ele não perde por esperar...vai casar(kkkkkkkkk), ter filhas...(kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk) um genro...(kkkkkkkkkkkkkkkkkk) e adeus sonhos(kkkkkkkk), vai amanhecer em claro...como eu(que droga).

Wilson Silvério