ônibus: o melhor amigo da cronista - PASSAGEIRO ESPECIAL -
Bastou pisar em algum território habitado pelo ônibus que as coisas, ou melhor, as crônicas parecem acontecer. Ontem não foi diferente.
À noite, quando sai de casa, chovia, por isso peguei o guarda chuva do meu irmão.
Quando cheguei ao ponto de ônibus pensei que aquele homem ali talvez rendesse uma crônica.
Alguns minutos se passaram e o ônibus que eu esperava chegou. Quando olho para frente, quem tinha acabado de entrar no ônibus? O “homem ali que talvez rendesse uma crônica”.
Parece que ele tinha “ido com a minha cara” porque assim que eu entrei, ele mexeu comigo. Passei pela roleta e procurei um lugar para me sentar.
Quando assusto já é minha hora de descer. Ao descer do ônibus percebo que o “homem ali que talvez rendesse uma crônica” também tinha saltado do ônibus.
Olhei para os dois lados, e vendo que não passava nenhum carro na rua atravessei!
Nessa noite não mais encontrei o homem que me rendeu uma crônica.