O VESTIDO AZUL

O VESTIDO AZUL

Inauguração de uma clínica. Medicina alternativa. Cumprimentos, sorrisos afáveis. Música, piano e flauta. Clima bem familiar, descontraído, alegre. Pequenos discursos, o porquê da clínica, quais eram os profissionais e mais coisas assim. Ainda bem, já que discursos longos, por melhores e mais nobres, que sejam, cansam!

Foi nesta noite que vi o vestido azul mais atraente de toda a minha vida e posso afirmar, sem arranhar a moral de quem quer que seja, o mais “sexy”; não, não tinha decotes, o “xis” da questão era um fecho-eclair de cima abaixo, até a altura do joelhos. Um fecho pra ninguém botar defeito e exatamente no lugar certo. Nenhuma jóia teria condições de ocupar seu lugar. Por isso sempre tive a convicção de que o “bom gosto” supre qualquer falta. Não é necessário ter muito, para se apresentar bem. Já ouvi dizer a respeito de uma jovem que com uma toalha de mesa fez um vestido digno das passarelas mais respeitadas do mundo da moda. Não é quantidade, mas sim o bom gosto, o prazer de fazer, de criar, que valem pontos. No caso do vestido azul, ele era bem simples mas foi enriquecido pela criatividade de extremo bom gosto e sensibilidade. Um dom mais próprio para o sexo feminino e assim mesmo não tão latente em todas as mulheres. Algumas são mais sensíveis. Aquela jovem possuía em boa dose esse dom! Dom de exteriorizar o seu interior através de gestos, sorrisos, palavras e por que não, até no modo de se vestir.

Karuk
Enviado por Karuk em 17/04/2006
Código do texto: T140764