Castigo ou Consequência?
Levadas pela cultura, religião distorcida ou misticismo, algumas pessoas atribuem a Deus a culpa pelos seus problemas, dizendo-se castigadas por Ele ou pelo destino, quando algo negativo bate à sua porta. Fumam exageradamente durante anos e mais anos e quando o câncer atinge o seu pulmão ou esôfago, dizem que foram castigadas. Bebem além do normal e a sua cirrose hepática também foi um castigo de Deus. Não estudam e se queixam de falta de sorte por não terem sido aprovadas em determinados concursos. Entretanto, as pessoas conscientes, de bom senso e discernimento admitem o “mea culpa”, reconhecendo o seu próprio erro. Chegam a conclusão de que Deus não castiga ninguém; nós é que nos castigamos. Portanto, o que vem de negativo é uma consequência dos nossos próprios hábitos ou atos, por não nos enquadrarmos aos princípios da vida, entre os quais, ao do livre arbítrio. Cabe-nos escolher o bem ou o mal, sem culpar terceiros pelas conseqüências negativas. Há muito tempo a filosofia oriental já dizia que “tu és o arquiteto do teu próprio destino”, numa demonstração de que depende de nós mesmos a escolha do caminho a seguir. É evidente que sofremos a influência do ambiente em que vivemos, mas somos livres para entre as coisas boas e ruins, escolhermos a melhor. Do contrário, o resultado é uma consequência e não um castigo. Pior ainda é aquele conformismo, cruzando os braços diante de uma derrota, dizendo: “Foi Deus que quis assim”. Pelo princípio doutrinário, Deus não quer o mal para ninguém. Tendo dotado o homem de inteligência, deu-lhe a liberdade para escolher o seu modo de vida. Assim, empunhemos a bandeira do bem para que não culpemos ninguém quando abatidos pelo mal.