NADA NÃO!
NADA NÃO!
Marília L. Paixão
Amanhã bem que podia ser um dia de pouca chuva. Uma manhã de calma para a alma. Uma manhã para suspirarem os corações dormentes. Eu bem que poderia colocar neste texto um título que indicasse que este texto seria indicado para as pessoas que não são muito felizes, mas será que assim será?
Vamos ver para que servirá este texto. Será um pretexto para falar de gotas caras? Olha que as gotas mais caras ferem bem fundo a alma. Eu estou numa fase do gostar de filmes dramáticos e por isso assisti de novo: REFLEXOS DA INOCÊNCIA. Será que eu queria chorar de novo? Será que pela mãe que perdeu a filha e depois perdeu literalmente a cabeça? Valia sua alma todos os meus choros?
Valeu meu repetido choro pela mulher que se casou com o amigo do seu amor para no final reencontrá-lo depois de perdido o inteiro caminho do que poderia ser um laço do destino? Por que nós choramos? Por que nos alimentamos com historinhas de amor? Buscamos o que em todas elas? Será que não vivemos em busca de um final feliz para nós mesmos?
Hoje uma amiga me disse que talvez voltar para a estaca zero não seja ruim e sim o princípio de algo bom. Quantas vezes na vida se recomeça tudo de novo? A verdade é que para ser feliz as mudanças valem à pena. Penso nisso enquanto chove. O que esta chuva está querendo lavar de mim? Dagger faz tempo se recolheu sem reclamar de nada. Ele decidiu que não vai esperar por mais nada não! Eu disse para ele que a vida é cheia das grandes lições e que as ruas por onde certas pessoas passam continuarão lindas mesmo ele não recebendo nenhuma linha.
Enquanto isso recebi um e-mail de uma jovem perguntando se não gosto de entrar em igrejas por ser "Vampirinha". Como ela fez ficar engraçada essa nova manhã! Fiquei então pensando em como nunca gostaria de ser uma vampira e nem nenhuma mulher do batman. Fiquei pensando em como a escuridão sempre me incomodou e adoro abrir os olhos quando os raios da manhã entram pelo quarto. Eu adoro pular para a vida e gosto das igrejas quando as sinto mais minhas que de qualquer outro e as prefiro em silêncio sem uma multidão dentro. É então que digo a Deus! Que bom a gente aqui! Só nós dois! Parece tão bom quanto à gente junto o tempo todo do lado de fora. E se às vezes prefiro não entrar, não é por nada não! Eu gosto é de correr do tédio.
Voltando ao destino e utilidade desta crônica, talvez ela seja só para marcar aqueles dias em que alguém lhe pergunta: - O que há com você hoje?! Então você responde: - Nada Não! E tenta convencer a pessoa que você estava apenas pensando.