Obama ameaçado: racismo e revanchismo ainda preocupam!
Foi grande o amparato de segurança para a posse de Obama e muito antes dele ser eleito. E mais esquemas de segurança serão mantidos de agora em diante.
Uma "perfeita tempestade" de fatores se avizinha nos próximos meses, o que fará com que a segurança especial em torno de Obama seja mantida por bastante tempo ainda, declarou Mark Potok, diretor do Projeto de Inteligência do centro Southern Poverty Law (SPLC), que monitora grupos racistas. Entre os fatores externos se incluem a recessão econômica, que pode alentar o ódio de grupos extremistas nos Estados Unidos, alguns do quais estão "indignados pela presença de um homem negro na Casa Branca", disse Potok. Obama começou a receber proteção especial 18 meses antes da eleição de 4 de novembro de 2008, antes de qualquer outro candidato. O SPLC informou que o Serviço Secreto responsável pela segurança dos presidentes reconhece que Obama recebeu mais ameaças que qualquer presidente eleito da história americana.
Exemplo disso foi a prisão, dias antes da eleição, de dois homens brancos racistas no Estado do Tennessee, por planejar assassinar Obama. Os ataque e as ameaças aumentaram de forma considerável desde sua vitória. Houve ataques físicos, queima de cruzes --ação típica de grupos racistas brancos do sul associados a Ku Klux Klan-- e até estudantes de segundo grau que cantaram "assassinem Obama" em um ônibus escolar no Estado de Idaho em novembro passado. Potok acrescentou que bonecos imitando Obama foram enforcados em numerosas oportunidades e que um morador da Califórnia foi preso na semana passada por colocar uma nota na internet que predizia que "Ele [Obama] terá uma calibre 50 [bala] em sua cabeça em breve". A cor da pele do novo presidente se soma às preocupações sobre a segurança em um país com mais de 200 milhões de armas legalmente adquiridas, cerca de 30 mil mortes por armas de fogo ao ano e onde já foram assassinados quatro presidentes. Fred Burton, vice-presidente de antiterrorismo e análises de inteligência geopolítica da agência privada de inteligência Stratfor disse que "o problema é uma coisa quando se conhece a ameaça potencial e há pistas as seguir", mas o desafio é outro "quando se buscam fantasmas." Obama disse ao jornal "The New York Times" durante a campanha eleitoral: "Tenho a melhor proteção do mundo... então, parem de se preocupar".
Mas as medidas de impacto logo no início do governo dividem opiniões nos Estados Unidos. Além dele ser descendente de muçulmanos, algo já em pauta nas charges de opositores descontentes com sua eleição.
Hoje, no Jornal O ESTADO DE SÃO PAULO: Inspirado em Roosevelt, Barack Obama quer marcar os cem primeiros dias de seu mandato com medidas de impacto. A idéia é aprovar leis em regime de emergência, relata a correspondente Patrícia Campos Mello. (págs. 1 e A12).
E JORNAL DO BRASIL falou sobre o perigo do racismo:
Obama e o legado racial
As regiões onde Barack Obama perdeu para John MacCain correspondem aos antigos estados confederados e escravistas, que se opuseram a Abraham Lincoln e à sua política de combate à escravidão. (págs. 1 e Ciência Hoje A32)
Vamos torcer para que essa "maior segurança do Mundo", citada por Obama, seja eficiente e que Deus o abençoe. Diante de algumas medidas em prol dos Direitos Humanos, com certeza ele é forte candidato ao Prêmio Nobel da Paz, principalmente ao anunciar o fim às caças aos terroristas e estímulo ao uso de energia limpa (algo que fere os interesses dos megaempresários envolvidos com o comércio de armas, petróleo e energia atômica)!
E que Abraham Lincoln e Martin Luther King continuem inspirando as ações do novo Presidente dos Estados Unidos da América!
© Jaorish Gomes Teles da Silva
Crônica publicada no site do Jornal O OLHO: www.jornalolho.xpg.com.br
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