OS VÂNDALOS ANDAM SOLTOS
Escrevemos em outra oportunidade que a Praça Coronel Pedro Osório iria se constituir em lugar dos mais aprazíveis e disputados pelas famílias pelotenses para se reunir nos finais de tarde, nos finais de semana e até mesmo durante os dias mais quentes para tomar seu chimarrão e desfrutar do belo espaço que ali estava sendo reconstruído por projeto custeado pelo Programa Monumenta. Fomos visionários e hoje, passados menos de um ano, as famílias já circulam pela praça, não somente durante o dia, mas também à noite, cruzando suas alamedas sem correr o risco de sofrerem assaltos ou intervenções inoportunas. Tudo está acontecendo graças à iluminação que foi refeita, o piso seguro que oferece e a segurança impressa pela presença de Guardas Municipais que alí prestam serviços à comunidade zelando pelo patrimônio coletivo que o local apresenta. Está faltando muito pouco para a praça ser entregue definitivamente à população. Restam pendentes alguns reparos e ajustes na obra civl e o paisagismo que por certo será executado em breve. Andei passeando pela praça em seus diversos pontos. O “play ground” oferece tranqüilidade para os pais e recreação segura para os filhos. No lago existe um escritório de informações turísticas da Secretaria Municipal de Turismo prestando orientação aos forasteiros. Os bancos em ferro e granito são replicas dos antigos bancos existentes. As mesas com tabuleiros para jogar “damas” foram colocadas novas e muito bem construídas. A esplanada contemplativa do Theatro Sete de Abril é um espaço cultural de exemplar valor que já passa a ser disputado pelas entidades civis da cidade para organizar seus eventos. Enfim, Pelotas recebe uma praça nova depois de tantos anos que se passaram e nossos governantes não lhe dedicaram a atenção que ela merecia e que todos nós por isso esperávamos.
Tudo até aqui parece perfeito, mas, observei nas arquibancadas de granito colocadas na esplanada contemplativa, alguns rabiscos feitos com “spray” de tinta, nomes e marcas exóticas, destas utilizadas por delinqüentes que, por nada terem para se ocupar, saem pixando paredes, monumentos, muros, patrimônio público e tudo que vêm pela frente. Destróem aquilo que não ajudaram à construir. Arrasam com o nosso patrimônio cultural em nome de sua má educação e na maioria das vezes, também, do consumo de tóxico e outros expedientes escusos por si praticados. Quero consignar um apêlo aos leitores: Ajudem nossa praça a livrar-se da ação arrasadora dessa gente. Ao ver um vândalo pixando ou depedrando qualquer lugar, chamem a Polícia, pois só assim conservaremos o local mais agradável que Pelotas está recebendo, a nossa praça.
Publicado no jornal Diário da Manhã, coluna Tribuna do Povo no dia 17/07/2008 - Pelotas/RS