Maria Rosa
Maria era uma garota muito bonita, filha de um casal de empresários,
bem sucedidos, era filha única, muito mimada.
Maria desde pequena participava dos concursos de beleza da escola,
e sempre ganhava.
O tempo passou, ela cresceu e ficou ainda mais bonita: com seus
cabelos longos e negros, os olhos verdes, era de uma beleza
estonteante, despertava a atenção dos rapazes e a inveja das
garotas. Ela sabia da sua beleza, era muito vaidosa, vivia sempre de
nariz empinado.
Maria tinha poucas amigas, era orgulhosa tinha um génio difícil,
sempre superior e arrogante, desfazendo de todos. Foi criada por
uma babá, já que sua mãe viajava muito. Maria achava que tudo
tinha que ser do seu jeito, não fazia questão de ser simpática com
ninguém, muito pelo contrario.
Quando completou dezoito anos, ganhou do seu pai de presente
um carro, então ficou pior, se afastou dos poucos amigos, só queria
saber de ficar rodando no seu carro, gostava muito de correr.
Certa noite, ela estava em alta velocidade, foi inevitável, sofreu um
acidente, foi para o hospital e ficou internada semanas na U.T.I.,
quando saiu foi na cadeira de rodas, ela chorou muito, se
desesperou, o DR. disse que talvez, com o tempo e muito exercício
ela voltaria a andar.
Maria foi para casa com uma tristeza de dar dó, chorava todos os
dias.
Seu pai contratou uma enfermeira para cuidar dela.
O tempo passava, ela continuava na cadeira de rodas.
O destino foi cruel, as vezes nos mostra o caminho certo, de uma
maneira dolorosa, impiedosa. Tudo isso serviu para Maria mudar
completamente, passou a ser uma moça simples, humilde. Teve
tempo para corrigir seus erros e se tornar uma pessoa de bem,
mostrando que tinha valores, se arrependendo de coração.
Um ano depois voltou a andar.
Agora depois da dolorosa lição ela trata melhor seus semelhantes.
Porque se você não aprende por bem, a vida dá um jeitinho de
ensinar.