O Astrônomo.
Andando pelas estradas, de pés descalços ou mesmo calçando o melhor dos sapatos, por vezes e horas incessantes e mesmo inesperadas, pode-se encontrar pessoas olhando e observando o alto. A procura de algo, alguma coisa que ainda não se sabe direito o que seja, ou a que se destina. Ainda assim as pessoas têm os céus como comum ponto do observar sincero, por horas deserto, e noutras coberto por varias e distantes estrelas.
As pessoas conjecturam o que há de se haver no espaço, naquele taciturno véu negro de esferas e orbes adejantes, sempre perscrutantes por respostas sobre o porquê da vida, do ser e do universo, por outras a procura mesmo de perguntas, e nestas fica-se a pergunta se o certo não seria sair em disparada à cerca delas mesmas.
N’Outros orbes por ser descobertos, porem não em outros mundos ou noutros etéricos, e sim ali mesmo, dentro delas mesmas.
Então fica nisto o verdadeiro astrônomo, no observar, no perscrutar perene e constante dele mesmo, vendo os astros voejando, os sóis candentes aquecendo, os planetas em eternas revoluções, explosões de super-novas, buracos negros poderoso e extensos, unidos num imenso e belo espetáculo universal.
Aí ele se prende, posto uma das nossas existências se fica apenas no parado e tênue olhar, no como tudo passa a funcionar, a ser, a adejar, para que nas próximas vidas, tomara que não muito longínquas, possamos enfim fazer parte das constelações.
E queimar, e ser, construir, como todo o bom e vivo universo.
-Fica-se no admirar, depois no compreender, para finalmente o ser.
D’o Astrônomo.