Reclamações
Uma das coisas mais comuns e mais chatas do cotidiano é ter que reclamar ou ouvir reclamação de qualquer coisa, até porque ninguém tem sangue de barata pra se conformar com tudo e com todos. Existem, inclusive, os viciados em reclamar: eles simplesmente reclamam e sequer percebem que o fazem, infernizando a vida de todos ao seu redor. Neste caso, o melhor a fazer é deixá-los falar sem dar muita importância, mas, cuidado! Pareça interessado, do contrário também vão reclamar que não estão tendo atenção. Na maioria das vezes o reclamante parece não ter limites para suas queixas e dificilmente tolera quaisquer argumentações. “Não dar bola”, apesar de ser um ato às vezes impossível, pois todos temos nossos limites, além das regras sociais de boa convivência nos exigirem tolerância, torna-se necessário estreitarmos esses limites para podermos manter a própria saúde mental.
Outra característica do “reclamão”, é que ele acredita estar sempre com a razão e não aceita qualquer argumento que possa demovê-lo da sua queixa, tanto que, diante de argumentos consistentes, geralmente parte para a discussão, gritaria ou algo pior. Discutir com quem não aceita pontos de vista contrários é algo muito difícil, pois se abandonarmos a discussão fortalecemos suas convicções, e se argumentarmos não seremos ouvidos porque não admitem mudar de opinião, mesmo se dizendo abertos a isto. Em regra, a única coisa que conseguem fazer é pensar em mais argumentos para defender suas posições, pois sequer admitem a possibilidade de avaliar novas idéias. Essas pessoas podem chegar ao extremo; tornam-se membros de grupos radicais e adotam atitudes extremas com facilidade.
Conviver com alguém que passa o tempo todo reclamando nem sempre é uma opção, mas geralmente é necessário, então precisamos de muita paciência, muita tolerância, ainda mais quando esse alguém é quem amamos. Infelizmente quando isso ocorre, por mais que se ame, agüentar constantes reclamações, acaba atrofiando o amor, que poderia ser ainda maior e mais bonito, com o tempo o afastamento se torna à única alternativa.
É preciso compreender claramente que existem momentos em que se torna insuportável aturar alguém que vive reclamando, assim como, às vezes, nos é impossível não reclamar. Isso é natural e necessário para o aperfeiçoamento humano. Condenável é a constante repetição, seja da reclamação ou da tolerância com o reclamante, pois nada se aprende em repetir comportamentos inadequados. Freqüentemente o que ocorre é que as pessoas não percebem que estão repetindo uma atitude destrutiva a si mesmas e para com os que estão ao seu redor. Mais difícil que ter a tolerância necessária para agüentar um “reclamão” é ele perceber e admitir as próprias atitudes.
Algumas destas pessoas começam a reclamar ao acordar, xingam o coitado do despertador, reclamam das roupas que tem para vestir, do trabalho, dos filhos, do cônjuge, da namorada e assim vão até a hora de dormir, aliás, não duvido que não reclamem dos próprios sonhos. De maneira que aos poucos vão se tornando pessoas amargas, infelizes, incapazes de desenvolver relacionamentos saudáveis. Nesse ponto elas já têm certeza de que são donas da razão e tudo o que conseguem ver é motivo para reclamar. Com isso, perdem a oportunidade de crescerem, seja pessoal ou profissionalmente, pois ultrapassam os limites da tolerância social tornando-se insuportáveis e acabam por inviabilizar a própria felicidade. Ter a sensibilidade de auto-avaliar-se é uma tarefa difícil e raramente percebida, no entanto, conseguem observar as falhas dos outros com tanta clareza que acabam cegos para o próprio comportamento. Esta é uma atitude necessária que nos eleva se tivermos coragem de modificar comportamento e rumar para a própria evolução.
Trago esse assunto para o debate esta semana, pois são freqüentes as reclamações diante da crise financeira que possivelmente irá concentrar ainda mais a renda e espalhar mais fome e miséria, mas também por estarmos diante de uma encruzilhada, na qual a opção errada pode acelerar a destruição ambiental, aumentar as catástrofes naturais e conseqüentemente ameaçar as condições de vida na terra. Sempre podemos escolher, mas antes é preciso adquirir maturidade para fazer a opção certa e resolver o problema, não viver reclamando. Para tanto é preciso preparar-se para fazer a melhor opção, assim como um estudante se dedica aos livros para aprender uma profissão, pois a vida exige decisões conscientes e atitudes positivas, o que determina a qualidade dos nossos dias.
Reclamar é necessário, porém com equilíbrio para que possa servir de instrumento construtivo, mas reclamar de qualquer banalidade, de tudo e de todos o tempo todo, é inútil e só traz desgosto. Diante dos reclamões, o melhor a fazer é mostrar-lhe as conseqüências desta atitude, embora seja uma tarefa difícil, até mesmo para os especialistas.
Possivelmente este texto lhe faça lembrar alguém, porém espero que não seja uma pessoa com a qual tenhas que conviver freqüentemente, mas se for, que o seu amor seja suficientemente forte para auxiliá-la, mas antes, obviamente, avalie as próprias atitudes. Boa semana.
Uma das coisas mais comuns e mais chatas do cotidiano é ter que reclamar ou ouvir reclamação de qualquer coisa, até porque ninguém tem sangue de barata pra se conformar com tudo e com todos. Existem, inclusive, os viciados em reclamar: eles simplesmente reclamam e sequer percebem que o fazem, infernizando a vida de todos ao seu redor. Neste caso, o melhor a fazer é deixá-los falar sem dar muita importância, mas, cuidado! Pareça interessado, do contrário também vão reclamar que não estão tendo atenção. Na maioria das vezes o reclamante parece não ter limites para suas queixas e dificilmente tolera quaisquer argumentações. “Não dar bola”, apesar de ser um ato às vezes impossível, pois todos temos nossos limites, além das regras sociais de boa convivência nos exigirem tolerância, torna-se necessário estreitarmos esses limites para podermos manter a própria saúde mental.
Outra característica do “reclamão”, é que ele acredita estar sempre com a razão e não aceita qualquer argumento que possa demovê-lo da sua queixa, tanto que, diante de argumentos consistentes, geralmente parte para a discussão, gritaria ou algo pior. Discutir com quem não aceita pontos de vista contrários é algo muito difícil, pois se abandonarmos a discussão fortalecemos suas convicções, e se argumentarmos não seremos ouvidos porque não admitem mudar de opinião, mesmo se dizendo abertos a isto. Em regra, a única coisa que conseguem fazer é pensar em mais argumentos para defender suas posições, pois sequer admitem a possibilidade de avaliar novas idéias. Essas pessoas podem chegar ao extremo; tornam-se membros de grupos radicais e adotam atitudes extremas com facilidade.
Conviver com alguém que passa o tempo todo reclamando nem sempre é uma opção, mas geralmente é necessário, então precisamos de muita paciência, muita tolerância, ainda mais quando esse alguém é quem amamos. Infelizmente quando isso ocorre, por mais que se ame, agüentar constantes reclamações, acaba atrofiando o amor, que poderia ser ainda maior e mais bonito, com o tempo o afastamento se torna à única alternativa.
É preciso compreender claramente que existem momentos em que se torna insuportável aturar alguém que vive reclamando, assim como, às vezes, nos é impossível não reclamar. Isso é natural e necessário para o aperfeiçoamento humano. Condenável é a constante repetição, seja da reclamação ou da tolerância com o reclamante, pois nada se aprende em repetir comportamentos inadequados. Freqüentemente o que ocorre é que as pessoas não percebem que estão repetindo uma atitude destrutiva a si mesmas e para com os que estão ao seu redor. Mais difícil que ter a tolerância necessária para agüentar um “reclamão” é ele perceber e admitir as próprias atitudes.
Algumas destas pessoas começam a reclamar ao acordar, xingam o coitado do despertador, reclamam das roupas que tem para vestir, do trabalho, dos filhos, do cônjuge, da namorada e assim vão até a hora de dormir, aliás, não duvido que não reclamem dos próprios sonhos. De maneira que aos poucos vão se tornando pessoas amargas, infelizes, incapazes de desenvolver relacionamentos saudáveis. Nesse ponto elas já têm certeza de que são donas da razão e tudo o que conseguem ver é motivo para reclamar. Com isso, perdem a oportunidade de crescerem, seja pessoal ou profissionalmente, pois ultrapassam os limites da tolerância social tornando-se insuportáveis e acabam por inviabilizar a própria felicidade. Ter a sensibilidade de auto-avaliar-se é uma tarefa difícil e raramente percebida, no entanto, conseguem observar as falhas dos outros com tanta clareza que acabam cegos para o próprio comportamento. Esta é uma atitude necessária que nos eleva se tivermos coragem de modificar comportamento e rumar para a própria evolução.
Trago esse assunto para o debate esta semana, pois são freqüentes as reclamações diante da crise financeira que possivelmente irá concentrar ainda mais a renda e espalhar mais fome e miséria, mas também por estarmos diante de uma encruzilhada, na qual a opção errada pode acelerar a destruição ambiental, aumentar as catástrofes naturais e conseqüentemente ameaçar as condições de vida na terra. Sempre podemos escolher, mas antes é preciso adquirir maturidade para fazer a opção certa e resolver o problema, não viver reclamando. Para tanto é preciso preparar-se para fazer a melhor opção, assim como um estudante se dedica aos livros para aprender uma profissão, pois a vida exige decisões conscientes e atitudes positivas, o que determina a qualidade dos nossos dias.
Reclamar é necessário, porém com equilíbrio para que possa servir de instrumento construtivo, mas reclamar de qualquer banalidade, de tudo e de todos o tempo todo, é inútil e só traz desgosto. Diante dos reclamões, o melhor a fazer é mostrar-lhe as conseqüências desta atitude, embora seja uma tarefa difícil, até mesmo para os especialistas.
Possivelmente este texto lhe faça lembrar alguém, porém espero que não seja uma pessoa com a qual tenhas que conviver freqüentemente, mas se for, que o seu amor seja suficientemente forte para auxiliá-la, mas antes, obviamente, avalie as próprias atitudes. Boa semana.