Morrendo de Amor
Quando me vier a morte, por favor, deixe-me morrer. Sozinho, solitário. Quero ter este tempo pra mim, pensar e repensar, vagar por entre as correntezas deste incerto mundo de paradigmas, este mundo de sonhos e avarezas que vivi. Quero, minutos antes de desfalecer ao mundo dos mortos, sorrir, e guardar pra mim este sorriso de que servi às minhas vontades, e que sofri, muito, como sofre quem ama, mundo de amor e ódio.
Ato egoísta este meu, mas não quero compartilhar minha morte, quero que sorriam assim como quando nasci, porque nascer e morrer são atos muito meus, como pensar, respeitem. Quero nascer, pensar e morrer, sozinho.